TV 3.0 com 4K e áudio 3D terá padrão definido no Brasil em 2024
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté |
Em entrevista concedida na última terça-feira (8), o ministro das Comunicações Juscelino Filho reforçou a pretensão do governo federal de definir até o fim de 2024 as especificações completas da TV 3.0, também chamada de "TV do Futuro". O formato pretende expandir as capacidades das transmissões abertas, incorporando características presentes em televisores modernos, como resolução 4K e áudio espacial.
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O prazo para que o padrão seja definido em 2024 já havia sido anunciado no início do ano, mas a confirmação do ministro reforça essa intenção e sugere que os planos estão em dia, algo importante quando lembramos dos diversos atrasos que o leilão do 5G sofreu no país. Ainda em sua fala à revista Exame, Juscelino Filho explicou que, após a definição, a ideia é "criar [o] ambiente para que [o] setor de radiodifusão possa colocar em voga a nova tecnologia".
A TV 3.0 é um assunto estudado pelo Ministério das Comunicações desde 2021, em uma parceria com o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), observando soluções propostas por mais de 20 organizações internacionais. Através de regulamentos, a ideia é integrar às transmissões tecnologias que serão adicionadas aos televisores fabricados a partir de 2025.
Além da resolução 4K, ou mesmo a mais avançada 8K, adotadas em um número crescente de TVs vendidas atualmente, estão entre as funções aguardadas para integrar o padrão som imersivo (ou áudio 3D), contraste e brilho aprimorados por HDR e melhor aplicação de internet, para abrir novas possibilidade de interação entre o conteúdo exibido e o espectador.
Apesar da notícia positiva, é preciso ter em mente que a transição para a TV 3.0 deve demorar um bom tempo, bastando lembrarmos do período necessário para que o padrão da TV Digital fosse amplamente adotado no Brasil. Também não está claro se os consumidores serão obrigados a trocar de aparelho para acessar a TV do Futuro, ou se será possível aproveitar os benefícios usando algum dispositivo complementar, como foi o caso do conversor digital.
Essas e outras questões devem ser esclarecidas quando o padrão for publicado no final de 2024, ou ainda por atualizações feitas pelo Ministério das Comunicações até lá.