Telefonia fixa tem queda de 6,7% em abril
Por Felipe Demartini | 07 de Junho de 2019 às 16h38
O mercado de telefonia fixa continua em retração no Brasil. De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o serviço deixou de ser prestado em 2,69 milhões de residências em todo o país, o que representa uma queda de 6,8% no setor em relação ao que foi registrado em abril do ano passado.
A maioria é de linhas que funcionavam em regime público de concessão, com 1,9 milhão de números cancelados, uma redução de 8,88% em doze meses. Já as que funcionam com autorização e de maneira privada, tendo sido instaladas pelas próprias operadoras tiveram queda de 4,27%, com 707,5 mil unidades canceladas.
A queda mensal é pequena, mas apresenta fluxo negativo constante. Quando se levam em conta os dados de março de 2019, por exemplo, a redução é de 0,4%, com 147,7 mil residências cancelando o telefone fixo em abril. Aqui, a redução é equivalente entre as concessões (0,44%) e linhas privadas (0,43%).
A Vivo continua sendo a líder do segmento, atendendo 12,29 milhões de domicílios de todo o Brasil e dominando 33,8% do mercado. Entretanto, a empresa perdeu 1,08 milhão de linhas no último ano, sofrendo queda de 8,05%. No segundo lugar está a Oi, com 11,36 milhões de telefones fixos e 31,24% do mercado; foi ela quem sofreu a maior queda do período, com 9,33% de redução, o equivalente a 1,17 milhão de clientes.
O top 3 é completado pela Claro, que detém uma fatia de 27,84% do setor e tem 10,12 milhões de linhas; ela perdeu 660 mil entre abril de 2018 e o mesmo mês de 2019, uma queda de 6,12% em sua base de clientes. Houve crescimento apenas entre as Prestadoras de Pequeno Porte, que agregaram 16,9 mil domicílios à sua oferta de telefonia fixa, um aumento de 1,04%.
A expectativa é de uma queda constante ao longo dos próximos meses e anos, com alguns executivos do setor falando em uma futura extinção completa da telefonia fixa. É o caso, por exemplo, do então presidente da Vivo, Eduardo Navarro, que previu para 2025 o desaparecimento do setor em prol das linhas celulares. Na ocasião, ele afirmou que a permanência do serviço se deve muito ao fato de as empresas venderem linhas atreladas a pacotes de internet banda larga.
Fonte: Anatel