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O contra-ataque: Claro, Vivo e TIM fazem nova proposta por divisão mobile da Oi

Por| 28 de Julho de 2020 às 12h25

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Na última quarta-feira (22), a Oi havia anunciado que fechou um acordo para negociar com exclusividade a venda de sua unidade de telefonia móvel para a Highline do Brasil, empresa de infraestrutura em telecomunicações. Essa última apresentou a melhor proposta acima do preço mínimo de R$ 15 bilhões e frustrou as intenções de suas principais concorrentes, no caso Vivo, Claro e TIM. No entanto, as operadoras resolveram contra-atacar e apresentaram uma nova oferta vinculante pela Oi Móvel para tentar cobrir a oferta: agora, elas querem pagar R$ 16,5 bilhões pela Oi Móvel.

Em comunicado ao mercado feito pela TIM, a proposta conjunta também avalia a assinatura de um contrato de longo prazo com a Oi para o uso da infraestrutura de rede da operadora. Pelo acordo feito com a Highline, a companhia também terá o direito de cobrir outras propostas recebidas no processo.

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O texto afirma que a oferta vinculante revisada foi submetida à Oi, sendo sujeita a determinadas condições, especialmente a seleção das ofertantes como stalking horse (“primeiro proponente”), com o direito de oferecer valor maior do que eventual proposta apresentada por terceiro (right to top), no caso a Highline do Brasil, no processo competitivo de venda do negócio móvel do Grupo Oi.

A revisão da oferta vinculante reafirma o interesse da TIM em relação à aquisição dos ativos móveis do Grupo Oi, bem como em contribuir com a continuidade do desenvolvimento da telefonia móvel no país, considerando a larga experiência global que possui no setor de telecomunicações e o profundo conhecimento do mercado brasileiro. Como operadora de reconhecida solidez financeira, e com presença e histórico de intensos investimentos de longo prazo no Brasil, a TIM está certa de que a oferta conjunta das Ofertantes [TIM, Claro e Vivo], caso aceita e atribuída como vencedora, trará benefícios a seus acionistas através da aceleração de crescimento e geração de eficiências, bem como a clientes através de melhoria na experiência de uso e qualidade do serviço prestado, e ao setor como um todo através de reforço em sua capacidade de investimento, inovação  tecnológica e competitividade. Nesse sentido, a oferta conjunta das Ofertantes também favorece e está em linha com a regulação que visa construir e consolidar no País um serviço de telefonia forte e eficiente. A TIM considera que a oferta endereça as necessidades financeiras do Grupo Oi, de amplo conhecimento do mercado em geral, para que este possa implementar seu plano estratégico e atender seus credores, nos termos do Plano de Recuperação Judicial. A Companhia e a TSA manterão seus acionistas e o mercado em geral informados, nos termos da regulamentação em vigor.

Os fatos relevantes foram feitos separadamente por Vivo, Claro e Tim, mas o conteúdo é similar.

Highline do Brasil não será uma operadora padrão caso compre a Oi Móvel

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Fundada em 2012 pela gestora Pária Investimentos - e vendida em dezembro do ano passado para a norte-americana Digital Colony - a Highline do Brasil é uma desenvolvedora independente de soluções de infraestrutura para a indústria de telecomunicações.

Segundo o site Teletime, o plano não é se tornar uma operadora voltada ao consumidor e sim atuar como uma operadora de rede. Caso a compra da divisão mobile da Oi se concretize, ela será uma operadora de rede neutra em todos os níveis. Isso significa que os clientes da Oi Móvel, por exemplo, serão vendidos depois para as concorrentes em um leilão. A diferença é que um dos compromissos que a vencedora deste leilão terá de assumir é de utilizar a infraestrutura de torres, rádio e espectro da Oi Móvel - que, nesse novo cenário, passam a pertencer a Highline.

O mesmo vale para a a InfraCo, unidade de redes de fibra da Oi, com 400 mil km de rede, que está em processo de negociação e no qual a Highline também deve fazer uma oferta. Para completar, seus planos também incluem uma participação no leilão do 5G, que deve ocorrer no segundo semestre de 2021.

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Recuperação judicial

Em recuperação judicial desde 2016, a venda da Oi Móvel é uma cartada da Oi para pagar parte de suas dívidas, avaliadas em cerca de R$ 65 bilhões, e escapar da insolvência. Os valores também serão usados para investir no crescimento da banda larga de fibra ótica da operadora.

Aliás, o setor de infraestrutura fixa está na mira da companhia, que deseja se tornar uma das maiores fornecedoras do mercado, inclusive para suas concorrentes, principalmente durante a implementação do 5G, cujo leilão das frequências deve acontecer no segundo semestre de 2021.

Com marketshare de 16,8%, atualmente a Oi é a quarta colocada no mercado de telefonia móvel brasileira, segundo informações da consultoria Teleco. A Vivo segue na liderança, com 33,01%, seguido por Claro (25,97%) e TIM (23,20%).

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Fonte: TIM, TeleTimeFolha de São Paulo