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O que falta no iPad Pro para que ele realmente possa substituir um notebook?

Por| 25 de Abril de 2019 às 23h10

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Josiah Bondy
Josiah Bondy
Tudo sobre Apple

Não é segredo que a Apple imagina seu iPad Pro como um substituto para laptops em geral — só que, para que isso se torne realmente viável, o aparelho ainda precisa ganhar alguns recursos.

É fato que o tablet da Maçã já evoluiu um bocado nos últimos anos, deixando de ser um gadget aparentemente útil apenas a uma parcela de usuários (como artistas e entusiastas de novas tecnologias, por exemplo), para se tornar um aparelho mais poderoso, prático e versátil. O iPad Pro de 2018, por exemplo, tem telas ainda maiores, processador potente (que a Apple, por sinal, afirma ser mais poderoso do que os componentes da maioria dos laptops populares) e conta com USB-C no lugar da conexão Lightning tradicional.

Só que, mesmo com essas atualizações importantes, o iPad por enquanto está apenas próximo de substituir de vez o uso de um laptop, ainda não chegando lá como muitos gostariam. Então, abaixo você confere cinco recursos que ainda faltam no iPad Pro para que ele, aí sim, possa ser usado como um notebook de uma vez por todas.

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Suporte nativo a mouses

Bom, para usar um tablet como notebook, primeiro você precisa de um suporte para apoiar o aparelho na mesa, um teclado externo e um mouse, certo? Cases de apoio e teclados compatíveis existem aos montes por aí, mas o mouse ainda é um problema, pois o suporte não vem de maneira nativa no iPad.

Contudo, a Apple pode, enfim, trazer o recurso com o iOS 13, de acordo com informantes do mercado. O sistema deve ser revelado em junho na WWDC e liberado a todos os usuários em setembro, seguindo o calendário tradicional de eventos anuais da Maçã.

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Multitarefas de verdade

O iPad vem ficando cada vez melhor no multitasking, especialmente desde o iOS 11 lançado em 2017, que trouxe recursos como o Slide Over (para ver um app numa barra lateral sobre o app atual) e o Split View (para dividir a tela entre dois aplicativos).

No entanto, isso ainda não é um multitarefas de verdade, de maneira equivalente ao computador. Ainda não é possível iniciar diversos apps em janelas avulsas e redimensionáveis, por exemplo, e para muitas pessoas uma tela dividida em apenas dois apps não é suficiente.

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Gerenciador de arquivos facilitado

A Apple trouxe no iOS 11 um gerenciador de arquivos ao iPad, que permite acessar rapidamente arquivos salvos no iCloud e outros serviços em nuvem como Google Drive, Dropbox e OneDrive. Contudo, o uso do app ainda não conquistou boa parte dos usuários, que acabam preferindo abrir o app do serviço de armazenamento em questão para procurar o arquivo desejado lá dentro, sem contar com o app nativo da Maçã, simplesmente porque ele não "cativou" o suficiente.

Além disso, salvar e acessar arquivos localmente ainda é uma tarefa estranha de se fazer no iPad — não é tão simples quanto clicar com o botão direito para criar uma nova pasta como estamos todos acostumados de fazer no desktop.

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Suporte a armazenamento externo

Para que o iPad possa realmente substituir um notebook, também é preciso que ele tenha suporte a unidades externas de armazenamento. Afinal, a nuvem é prática e há serviços com gigas e gigas disponíveis gratuitamente, enquanto outros cobram pouca coisa para um espaço maior, só que em muitos casos a nuvem não vale a pena — e a conexão com a internet é um empecilho relevante.

Por exemplo: você está usando seu iPad para editar um vídeo que acabou ficando um tanto quanto pesado, só que, no momento, está longe do Wi-Fi, contando apenas com o plano de dados (ou ainda seu modelo de iPad é apenas Wi-Fi e não acessa o 4G). Então, a nuvem não vai ser sua melhor amiga neste momento, com um HD externo ou pendrive sendo as opções mais viáveis para guardar o trabalho. E vamos combinar que um iPad com 1 TB de armazenamento não é nem um pouco acessível para o bolso — o novo iPad Pro de 11 polegadas com esse espaço interno está custando a partir de R$ 12.799.

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O iPad Pro permite, através de sua porta USB-C, conectar aparelhos como monitores externos, iPhones, câmeras fotográficas, teclados, speakers, microfones e hubs multiportas, não aceitando, ainda, HDs externos e pendrives. Há apenas uma porta USB-C no aparelho — e para que ele fique mesmo à altura de um notebook, pelo menos mais uma entrada seria muito bem-vinda.

Apps fiéis aos softwares originais

O Excel para iPad, por exemplo, não conta com muitas funções presentes no software original para desktop. E este é apenas um dos vários programas usados por muita gente no dia a dia cujas versões para iPad ainda não são tão completas. Sendo assim, usuários que precisam de recursos específicos nesses programas acabam não conseguindo usá-los se dispensarem o computador tradicional.

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Conclusão

É verdade que algumas pessoas já abandonaram o uso de laptops e, hoje, contam apenas com seus iPads Pro conectados a teclados e até mesmo monitores externos. Contudo, são casos ainda isolados em meio à massa de usuários, com a maioria das pessoas ainda precisando de recursos como os citados acima antes de sequer considerar deixar o uso de seus notebooks no passado. O iOS 13 deverá resolver a questão do suporte a mouses, mas será que os outros itens desta lista também serão contemplados em breve?

Sendo assim, ainda é cedo para afirmar que o iPad realmente é capaz de substituir um computador, mas é verdade que ele está, cada vez mais, caminhando para que esta possibilidade se torne uma opção palpável a um número cada vez maior de usuários.

Fonte: Business Insider, Laptop Mag, CNet