Startup do Rio manterá rede que une criptomoedas e internet das coisas
Por Márcio Padrão | Editado por Claudio Yuge | 15 de Fevereiro de 2022 às 22h20
Qual é o elo entre criptomoedas e internet das coisas? Essa é uma pergunta que a nova startup Illios se encarregará de responder. Ela pretende ampliar no Brasil o acesso à Helium, um projeto para facilitar o uso de aparelhos conectados. Para isso, a empresa carioca oferecerá pontos de conexão e gestão desta rede, e espera dar retorno financeiro em criptoativos a seus clientes.
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A rede Helium foi criada em 2013 por Shawn Fanning, Amir Haleem e Sean Carey para se tornar o primeiro wi-fi ponto a ponto. Ele usa o protocolo LoRaWAN (rede de longo alcance em área ampla, na sigla em inglês) e um tipo de roteador caseiro que permite uma configuração mais simples e rápida para unir outros aparelhos na mesma rede, como sensores, lâmpadas, eletrodomésticos, máquinas industriais e outros produtos.
Criptomoedas mineradas na internet das coisas
O "pulo do gato" é que além de servir para fornecer internet, a rede Helium se baseia em blockchain e seus roteadores mineram a criptomoeda Helium (HNT). “A remuneração em HNT pode ser convertida em dólares e ser usada no mundo real. O valor acaba dando também estabilidade à rede, pois é um incentivo para que não seja desligada pelos proprietários. Nosso objetivo é minerar com propósito, ao permitir o desenvolvimento de soluções em IoT para pessoas, governos e empresas”, diz o cofundador da Illios Lucio Netto.
A Illios é uma ramificação da Phygitall, empresa de IoT criada em 2016 por Lucio Netto e Gustavo Nascimento. Algumas das soluções da Phygitall foram desenvolvidas para a Marinha do Brasil, a Embraer, a Gerdau e a Ambev. Também projetou a Rede IoT Brasil, ONG para pensar em aplicações reais para a internet das coisas no país.
Em janeiro, mesmo mês da estreia da Illios, a empresa recebeu um aporte de US$ 800 mil (R$ 4,1 bilhões) da Fuse Capital, com participação da Transfero. Segundo o jornal O Globo, existem cerca de 570 mil roteadores conectados à rede Helium pelo mundo, mas apenas algumas centenas no Brasil, sendo que a maior parte está no Rio de Janeiro, onde a Illios atua.
Fonte: O Globo