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Dia do Refugiado: como a tecnologia pode absorver talentos e diversidade

Por| 05 de Junho de 2023 às 12h49

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Segundo dados divulgados em dezembro de 2021 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Brasil abrigava mais de 1,3 milhão de imigrantes e refugiados, vindos de diferentes nacionalidades por situações de pobreza, violência, fome e vulnerabilidade social. Mas os números vêm subindo desde então.

No início deste ano, o Governo Federal revelou um acúmulo inédito de pedidos de refúgio. Ao todo, foram 134 mil solicitações. O aumento no volume de migrações de venezuelanos, manutenção das rotas para os haitianos e a guerra na Ucrânia são alguns dos motivos para isso.

A qualidade de vida e a empregabilidade dessas pessoas no país é uma das principais questões uma vez que elas consigam regularizar seu status e recebam o Registro Nacional de Estrangeiro (RNE). "As pessoas saem dos seus países em busca de oportunidades no Brasil mas, na maioria das vezes, continuam em situação de vulnerabilidade e subempregos por barreiras linguísticas e preconceitos em processos seletivos por conta de seu perfil", afirma Bruna Amaral, CEO da Toti Diversidade, startup acelerada pelo InovAtiva de Impacto em 2020, que trabalha com ensino e inclusão de pessoas refugiadas e migrantes no mercado de trabalho de tecnologia.

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De acordo com uma pesquisa realizada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) que revelou o perfil socioeconômico dos refugiados no Brasil, a grande maioria dos entrevistados demonstrou capital linguístico e escolar acima da média brasileira ou, se feito o recorte de população negra e parda, muito acima. Ao todo 34,4% dos refugiados concluíram pelo menos o Ensino Superior, até a pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado), contra 15,7% da população brasileira que finalizou o mesmo nível de ensino.

"Esses dados demonstram que a falta de escolaridade não é o empecilho para a contratação desse grupo de pessoas no Brasil. O que falta é o preparo e políticas dentro das empresas para absorver essa força de trabalho desperdiçada", diz a CEO. Em busca de uma solução para o problema, a equipe da Toti encontrou uma saída na área da tecnologia.

Segundo Caio Rodrigues, Diretor de Negócios da startup, a área da programação e TI é uma grande oportunidade para migrantes e refugiados no Brasil. "Esse é um segmento que está em crescimento exponencial, muitas vezes com mais vagas do que profissionais para preenchê-las. Além disso, a faixa salarial é significativa, proporcionando assim uma renda suficiente para que essas pessoas tenham uma vida digna."

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Além disso, o compromisso ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa) firmado por empresas globalmente abre portas para que grandes corporações invistam em pluralidade em seus quadros de funcionários.

"Precisamos aproveitar esse tipo de oportunidade no mercado para mostrar o potencial que os estrangeiros podem trazer ao crescimento dos negócios no Brasil. Equipes diversas, compostas por pessoas vindas de diferentes contextos, proporcionam mais dinamismo, novas ideias e soluções para o consumidor", explica o profissional.

*O Canaltech é parceiro de mídia do Angel Investor Club

Fonte: Com informações de Agência Brasil, ACNUR