Python está bem perto de virar a linguagem de programação mais popular
Por Felipe Gugelmin • Editado por Claudio Yuge |
Enquanto o C e o Java continuam a ser as linguagens de programação mais populares entre os desenvolvedores, o índice Tiobe dá indícios de que o Python pode virar a opção dominante em breve. A lista, atualizada mensalmente, organiza as linguagens com base na frequência das pesquisas feitas em sites de internet usando o nome de cada uma delas como palavras-chave.
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Segundo o CEO da Tiobe, Pau Jensen, a diferença de popularidade entre o C e o Python tem diminuído constantemente. No relatório referente ao mês de julho, por exemplo, ela chega a somente é de 0,67%. “Isso significa que os próximos meses vão ser interessantes. Qual linguagem vai vencer essa batalha? Python parece ter as melhores chances de virar número 1, graças à sua liderança no mercado em campos em expansão como a mineração de dados e a inteligência artificial”, explicou.
A metodologia do Tiobe diferente daquela usada por plataformas como o RedMonk, que considera o uso das linguagens baseado em projetos hospedados pelo GitHub. Segundo os dados divulgados pela ela, no primeiro trimestre de 2021 os desenvolvedores deram preferência ao JavaScript, seguido pelo Python e pelo Java.
Rust surge como promessa futura
Embora ainda apareça na 27ª posição do ranking organizado pela Tiobe, o Rust aparece como uma linguagem promissora para o futuro. Ela está sendo apoiada por gigantes da tecnologia como Google, Microsoft, Amazon e Facebook, que veem uma alternativa mais segura ao C e ao C++ que, apesar de populares, sofrem com limitações impostas por suas idades avançadas.
Recentemente, o Google anunciou que vai apoiar um projeto que usa o Rust para reescrever partes do kernel do Linux. Se bem-sucedido, ele deve trazer mais segurança a softwares como o Chrome e ao sistema operacional Android, que já tem algumas de suas partes escritas na linguagem de programação.
Apesar de ter um local estável no ranking, o Python também traz um futuro promissor: recentemente, seu criador, Guido Van Rossum, foi contratado pela Microsoft, que deu a ele rédeas livres para aprimorar sua obra. A linguagem deve ser adotada na estratégia de nuvem do Azure e promete ajustes futuros que devem ajudar a diminuir o consumo de energia e de memória exigidos do hardware.
Fonte: ZDNet