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Google vai bancar projeto para Linux que pode aumentar segurança do Chrome

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Google vai bancar projeto para Linux que pode aumentar segurança do Chrome
Google vai bancar projeto para Linux que pode aumentar segurança do Chrome

Produtos como o sistema operacional Android e o navegador Chrome podem se tornar mais seguros graças a uma nova iniciativa. Nesta quinta-feira (17), o Google divulgou que vai financiar um projeto que pretende reescrever partes centrais do kernel do Linux na linguagem de programação Rust.

Considerado como o "coração do sistema", o kernel do Linux poderá ter algumas de suas partes centrais alteradas para trabalhar com a linguagem de programação. Como ele é compartilhado por diversos projetos — incluindo aqueles desenvolvidos pelo Google — qualquer ganho de segurança visto nele deve beneficiar diretamente o Gigante das Buscas.

O projeto será comandado por Miguel Ojeda, que tem em seu currículo a linguagem de segurança usada pelo Grande Colisor de Hádrons da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em inglês). O Google vai bancar o contrato, que será estendido por meio do Internet Security Group, organização sem fins lucrativos também responsável pela iniciativa Let’s Encrypt, que oferece certificação gratuita para sites que desejam usar criptografia.

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Em seu site pessoal, Ojeda sugeriu um total de 13 mudanças no Linux para iniciar seu trabalho de torná-lo mais seguro. Segundo ele, a adoção do Rust vai permitir que mais pessoas se envolvam no desenvolvimento do kernel graças à sua maior acessibilidade e à grande quantidade de documentação disponível.

Mudanças ainda dependem de aprovação

Apesar de o kernel do Linux já ter sido atualizado outras vezes, ele é escrito essencialmente em C — uma linguagem poderosa, mas antiga, que data de 1972. A idade avançada a torna mais suscetível a ataques do que códigos de programação mais recentes como o Rust, que traz o potencial de fechar brechas conhecidas que permitem a realização de ataques contra dispositivos móveis, computadores pessoais e servidores.

Mesmo com o apoio do Google, não está claro se a nova linguagem realmente vai ser aplicada sobre o kernel do Linux. Embora Linus Torvalds, fundador do sistema operacional, tenha se mostrado disposto a adotar as mudanças caso elas se mostrem valiosas, as modificações propostas ainda precisam passar pela aprovação do grupo que gerencia o núcleo do programa.

A intenção da iniciativa não é reescrever totalmente os códigos em C, mas sim selecionar partes específicas que precisam de melhorias na proteção. Enquanto as mudanças no kernel do Linux ainda não se tornam reais, o Google já passou a usar o Rust como forma de aprimorar o Android — em abril deste ano, a empresa liberou o uso da linguagem no sistema operacional após dedicar 18 meses a testes que asseguraram sua eficiência e segurança.

Fonte: CNET, LKML