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Low-code: entenda o crescimento de um mercado que promete US$ 190 mi até 2030

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Reprodução/StockSnap/Pixabay
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Um mercado ainda pouco explorado e, podemos dizer, pouco conhecido, promete render cifras milionárias na próxima década. As plataformas low-code, que são desenvolvidas por meio de uma interface gráfica de usuário, podem valer até US$ 190 milhões (cerca de R$ 980 milhões, na cotação atual) entre 2022 e 2030, com crescimento composto anual de 31,3% no período.

Os dados são de um relatório do instituto de pesquisas irlandês Research and Markets, que apontou que essa tendência começou por conta da pandemia da Covid-19. Ainda de acordo com o documento, as tecnologias desenvolvidas com pouco ou nenhum código vêm tendo um incremento em seus valores de mercado pelo menos desde 2020.

Low-code é a solução para a falta de mão-de-obra?

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Segundo o especialista e referência em Low-Code e No-Code, Léo Andrade, este tipo de codificação pode ser uma opção bastante viável para suprir a falta de mão-de-obra qualificada em programação. “Se há dificuldade em formar programadores, na mesma velocidade em que surgem novas oportunidades, uma das maneiras de suprir isso é trabalhar em soluções mais rápidas”, explica.

De acordo com Andrade, quando um programador tem contato com uma plataforma Low Code, ele consegue fazer mais com menos ferramentas. “É dar poder ao programador para ser mais que um programador”, diz o especialista. “Há muita demanda para poucos profissionais capacitados. Com isso, as empresas não vão evoluir no ritmo desejado, gerando uma bola de neve”.

O low-code permite que empresas construam sites, automatizem processos e apliquem novas funcionalidades para sistemas que já utilizam, como ERP e CRM. Tudo isso é feito sem que os profissionais envolvidos no projeto tenham conhecimento, por exemplo, em HTML, Java, CSS e outras linguagens específicas, como Python.

O que o low-code possibilita?

O gestor de comunicação da empresa de soluções tecnológicas Run2biz, Everton Pinheiro, explica que a ideia do low-code é que cada vez mais profissionais possam programar. "Basta que esses indivíduos tenham um ensino mais básico de conhecimento em programação. E, assim, eles conseguem construir diversas aplicações e automações”, enfatiza Pinheiro

Segundo o executivo, a tecnologia reduz a dependência de profissionais de T.I melhor qualificados, que, em geral, recebem altos salários, fora da realidade de pequenas e médias empresas. "Quando um negócio toma a decisão de adquirir um sistema como esse, automaticamente ele estará ganhando no quesito liberdade para guiar suas próprias demandas, suprindo a necessidade de terceirização", defende Pinheiro.

“É possível substituir ou reconstruir todas as soluções dentro de uma empresa utilizando low-code”, diz Léo Andrade. “Portanto, qualquer área da empresa, qualquer tipo de demanda pode ter auxílio de low-code”, diz o especialista. “É possível dar poder a um profissional de área de negócio para criar sistemas que vão atender as necessidades daquele setor”, defende ele.

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O low-code permite que o desenvolvimento, que é tido como o processo mais complexo na criação de um sistema, seja bem facilitado, já que a escrita de linhas e mais linhas de código é substituída por modelos pré-construídos e soluções de “arrasta e solta”. Por isso, quem tem usado este tipo de solução, aprova, já que se tratam de ferramentas simples e baratas.

“Se as empresas querem suprir aquela lacuna de mão de obra, elas precisam partir para a utilização dessas plataformas e ganhar poder de produção, ou encontrar uma fórmula milagrosa para formar desenvolvedores a toque de caixa, o que não creio ser possível”, destaca Andrade. “Quem não adotar essas tecnologias vai manter a mesma produção”, completa.