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Apple cita alta de malwares no MacOS para defender suas restrições na App Store

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Durante a batalha legal que trava com a Epic Games, desenvolvedora de Fortnite, a Apple já revelou diversas curiosidades de seus bastidores e gerou algumas situações inusitadas. O capítulo mais recente aconteceu nesta quarta-feira (19), quando a empresa citou o aumento de malwares que infectam o MacOS como uma das justificativas para manter o ambiente fechado da App Store para iOS e iPad OS.

“Hoje, testemunhamos um nível de malware no Mac que não consideramos aceitável”, afirmou Craig Federighi, chefe de engenharia de software na Maçã. Segundo ele, a cada semana a companhia identifica junto a seus parceiros um número crescente de ameaças, que são eliminadas automaticamente dos sistemas dos consumidores.

No entanto, o processo não acontece de forma imediata e pode resultar em milhares de infecções antes que as ações da Apple surtam efeito. Ao tribunal que julga a ação contra a Epic, Federighi afirmou que, desde maio de 2020, foram identificados 130 tipos de malwares para MacOs, sendo que ao menos um deles marcou presença em mais de 300 mil sistemas.

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Ambiente fechado protege contra ameaças

O chefe de engenharia reconhece que os números são consideravelmente menores do que os registrados em PCs com o Windows, mas ressalta que a quantidade ainda é muito maior do que os problemas do tipo que afetam dispositivos como iPhones e iPads. Ele afirma que as ações restritivas da empresa são uma parte importante na proteção de mais de 1 bilhão de aparelhos ativos e, por isso, faz sentido manter a App Store como fonte única para a instalação de apps.

Federighi ressalta que iPhones são um alvo atraente para criminosos por trazerem câmeras, microfones, dados de localização e por armazenaram informações pessoais de seus usuários. “Todas essas coisas fazem o acesso ou controle potencial desses dispositivos incrivelmente valiosos para um atacante”, afirmou.

No início de maio, a Apple divulgou um relatório em que destacou as medidas de segurança que usa para proteger aparelhos que usam a App Store. Além de rejeitar apps sem a documentação adequada, a empresa analisa cada entrada nova em busca de violações de privacidade, esquemas de roubos de dados pessoais e outras áreas.

As aparentes críticas que a empresa faz à segurança do MacOS é parte do argumento que ela faz contra a Epic Games, que argumenta que as barreiras impostas pelas lojas de aplicativos constituem uma prática anticompetitiva. A desenvolvedora de Fortnite luta para o estabelecimento de um ambiente mais aberto no qual apps não precisarão oferecer porcentagens de sua monetização para a Apple e poderão ser instalados sem passar pelos filtros da App Store.

Fonte: CNET