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Vale a pena comprar um computador novo com softwares pré-instalados?

Por| 27 de Setembro de 2012 às 16h10

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Vale a pena comprar um computador novo com softwares pré-instalados?
Vale a pena comprar um computador novo com softwares pré-instalados?

Atualmente é muito comum comprar um desktop ou notebook novo que traz versões pré-instaladas do Windows, anti-virus e inúmeros outros softwares, sendo em geral mais em conta do que adquiri-los à parte. Mas será que compensa? Afinal, por que eles são mais baratos que as versões que encontramos à venda em lojas de informática ou em sites oficiais?

Lavoisier disse ainda no século XVIII a sua famosa Lei "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Embora estivesse se referindo à conservação de massa em reações químicas, o mesmo vale para esses softwares pré-instalados, então vamos conhecer algumas diferenças entre a versão do OEM (Original Equipment Manufacturer) e a versão original.

Falta de suporte técnico

O sistema operacional Windows talvez seja o exemplo mais visível da diferença de preços entre a versão Retail (aquela que encontramos à venda no site oficial) e a disponibilizada pelo fabricante. Se ocorrer algum erro com o sistema e você tentar ligar para a Microsoft em busca de suporte técnico, os atendentes pedirão gentilmente para que você contate a loja onde o computador foi adquirido ou o fabricante.

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Por que isso acontece? Com o objetivo de tornar seus produtos mais baratos para seus clientes, empresas como Dell, HP, Positivo e a grande maioria das montadoras adquirem lotes inteiros do Windows a um preço mais barato. Essa economia no final das contas é o valor subtraído da licença original (usualmente R$ 100 ou R$ 150) para que a Microsoft ofereça suporte técnico em caso de problema, então quando compramos uma máquina nova ela não tem obrigação nenhuma da fornecer esse suporte, já que o consumidor não pagou por ele.

O suporte acaba ficando por conta da própria fabricante, o que nem sempre é a melhor opção do mundo. E não para por ai! A grande maioria das máquinas chegam para nós com a versão Starter do Windows, em que não é possível nem trocar o papel de parede, além de inúmeras outras limitações - são tantas que a Microsoft nem oferece essa versão em seu site oficial.

O mesmo acontece com Anti-vírus e outros programas. Alguns modelos trazem versões de programas pagos já instalados na máquina, o que é ótimo se o consumidor pretende usá-los, afinal saem mais em conta do que adquiridos individualmente. Caso contrário, isso é péssimo, pois pagamos independentemente de utilizá-los ou não.

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Compatibilidade

Vamos imaginar o seguinte caso: compramos um laptop com uma versão do Windows e queremos instalá-lo em outra máquina. Basta utilizar a licença que compramos certo? Errado. O Windows foi comprado para ser utilizado no laptop, e somente nele. Ao contrário da versão que encontramos na loja e podemos utilizar quando e onde quisermos, se desejarmos instalar o sistema operacional em outra máquina, é necessário adquirir uma nova licença, mesmo que em nosso exemplo paremos de utilizar o laptop.

Quando compramos uma licença à parte do Windows, ela vale apenas para uma máquina, mas podemos instalá-la e desinstalá-la em quantas máquinas quisermos, desde que continuemos somente com uma ativa. Versões OEM não trazem nem DVD de instalação, de forma que caso o Windows seja corrompido o consumidor ficará dependente do suporte do fabricante até o problema ser resolvido.

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Crapwares

Gíria utilizada em informática para programas que não fazem nada útil no PC mas mesmo assim consomem recursos de memória RAM e CPU, os crapwares fazem a máquina ficar mais lenta por oferecerem soluções ineficientes e duvidosas de backup, otimização do sistema e segurança. A verdade é que as empresas que desenvolvem esses programas pagam para o fabricante da máquina para pré-instalá-los, barateando o custo final do equipamento.

Muitas vezes não conseguimos desinstalá-los e temos que conviver com eles por um longo período de tempo, sendo que alguns deles exibem propagandas bastante incoveninetes ou pedem periodicamente para serem atualizados para a versão paga.

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Hardware

É importante prestar sempre atenção em modelos que oferecem recursos avançados a preços muito baixos. Promoção é uma coisa, um notebook com suporte a vídeos em 3D, drive de Blu-ray e 8 GB de memória RAM por R$ 1000 é algo que deve ser pensado e pesquisado milhares de vezes. Drives de Blu-ray, por exemplo, constumam durar mais de uma década e telas 3D dobram o preço do equipamento.

Quando encontrar opções como essa, veja se o fabricante é confiável, pois em muitos casos essas peças são adicionadas utilizando componentes de baixíssima qualidade que mal aguentam alguns meses de funcionamento, e mesmo que o equipamento tenha garantia, é importante evitar a dor de cabeça de ficar indo para assistências técnicas de tempos em tempos.

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Conclusão

Com as informações acima temos a impressão de que nenhum equipamento vale a pena ser comprado. Mas são essas as opções que os fabricantes têm para deixar seus produtos mais baratos para o consumidor, especialmente no Brasil, onde pagamos um preço consideravelmente maior do que em outros países por qualquer tipo de eletrônico.

A licença Home Premium do Windows, por exemplo, custa aproximadamente R$ 300, o que encareceria muito o preço final, e muitas pessoas não sabem ou mesmo não têm paciência para comprar um computador "zerado" e fazer todas as instalações necessárias. Uma máquina pronta para uso no preço as desvantagens citadas nos itens acima, então no final das contas fica a critério do consumidor.

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E você, usuário? Prefere montar uma máquina e instalar item por item ou comprar logo de cara uma pronta para uso? Comente!