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Como saber se o vidro do Apple Watch é de safira

Por| Editado por Wallace Moté | 28 de Maio de 2022 às 12h00

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Divulgação/Apple
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Desde a primeira geração do Apple Watch lançada em 2015, o relógio sempre trouxe versões com vidro de safira em sua construção. O material é conhecido por oferecer alta resistência contra riscos e diversos tipos de danos, mesmo que tenha um visual bastante parecido com vidros comuns vistos em celulares e outros dispositivos.

Mesmo assim, é possível saber se o relógio tem mesmo o vidro de safira, sem precisar riscar ou danificar o produto. Para isso, basta seguir alguns passos bastante básicos:

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  1. Limpe bem a superfície do display, com um pano macio. Para o teste funcionar, é fundamental que a tela não apresente nenhum tipo de gordura ou outros tipos de sujeiras;
  2. Pegue um conta-gotas, seringa ou qualquer tipo de utensílio que possa depositar água em quantidade bastante baixa. Em último caso, molhar a ponta dos dedos também pode funcionar;
  3. Derrame uma pequena gota na superfície do vidro. Atenção: como todas as gerações do Apple Watch são resistentes à água, o experimento não causará danos — para outros relógios ou produtos semelhantes, é importante checar se o dispositivo traz alguma certificação contra líquidos;

A partir de então, dois resultados são possíveis: em vidros comuns, a gota ficará relativamente espalhada. Ao inclinar levemente o display, o líquido deixará um rastro bastante claro durante sua movimentação.

É neste momento que o vidro de safira poderá ser identificado. Caso se trate do material, a gota tomará um formato mais circular e concentrado — ao realizar o mesmo teste de inclinação, o movimento do líquido deixará pouco ou nenhum rastro ao redor da tela. Em outras palavras, a tela parecerá seca, mesmo em locais que a água já tenha passado:

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Caso o display do Apple Watch não apresente as características do vidro de safira, não significa necessariamente que se trata de um produto falso. Afinal, os modelos mais baratos do relógio vêm com o chamado Ion-X — o material é mais sujeito a riscos, mas sua composição menos dura faz com que ele possa sair ileso de determinados choques físicos, por exemplo.

O que é vidro de safira?

Como relógios costumam ser produtos mais expostos ao ambiente, aumenta a probabilidade de eles serem riscados ou sofrerem outros acidentes. Por isso, é comum que modelos mais avançados tragam o vidro de safira em sua composição, como é o caso do Apple Watch.

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A produção de displays do tipo é relativamente complexa, e requer uma série de etapas realizadas com equipamentos especializados. Inicialmente, um pequeno pedaço de safira é colocado dentro de um barril junto com um óxido de alumínio, e mais pedaços de safira não cristalizada chamados de “crackle”.

Todos estes materiais são derretidos a temperaturas superiores a 2.000ºC, e depois resfriados aos poucos para manutenção da integridade. O resultado é um grande bloco de safira — na prática, o vidro de safira sequer pode ser considerado um “vidro”.

Este bloco resultante pode ser moldado para uma grande diversidade de fins, como LEDs e janelas de avião. Para separar finas camadas que podem ir em smartphones ou relógios, o material é bombardeado com íons de hidrogênio que ficam posicionados de maneira a formar chapas de safira.

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A grande vantagem da safira é a resistência, já que o material suporta agressões de materiais até o nível 9 na escala Mohs de dureza — para efeito de comparação, o diamante está no nível 10.

Além do Apple Watch, os iPhones já possuem safira no vidro acima das câmeras traseiras desde o iPhone 5. Entretanto, testes já demonstraram que o material não é puro, e por isso pode ser riscado de forma praticamente igual ao display frontal do celular.

Vidros de safira não são utilizados em mais dispositivos por dois motivos principais: o mais óbvio deles é relacionado ao custo de produção. Por ser um processo complexo, ele é consideravelmente mais caro, aumentando o valor cobrado ao consumidor.

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Além disso, a implementação de um material menos flexível representa um risco maior de quebras. Este problema é especialmente importante em smartphones, já que quedas físicas costumam trazer fortes impactos para a estrutura, em especial aquelas que trazem contato direto da tela com o chão.

Fonte: Business Insider, YouTube/Reviewz & Chronicle