Apple é acusada de "propaganda enganosa" de redução de carbono
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •
A Apple foi acusada de “propaganda enganosa” ao ter anunciado que os relógios Apple Watch Series 9, SE e Ultra 2 são neutros em carbono. Segundo o processo que avança na Corte Distrital do Norte da Califórnia, as alegações de sustentabilidade da empresa não são verídicas.
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O processo aponta que a empresa deturpou o real impacto ambiental dos relógios, já que estariam associados a projetos de compensação de carbono que não cumprem genuinamente seu papel.
Portanto, os demandantes indicam que não teriam comprado os smartwatches, ou teriam pago menos, se soubessem disso.
Dois projetos de neutralização de carbono possuem intervenção da Apple: o Chyulu Hills, no Quênia, e Guinan, na China. Segundo o que diz a ação judicial, ambos trabalham em terras que já eram protegidas bem antes do envolvimento financeiro da Maçã.
“As reduções teriam ocorrido com ou sem a participação da Apple. Como as alegações de neutralidade de carbono têm o pressuposto de legitimidade dos projetos, as alegações da marca são falsas e enganosas.”
De acordo com os demandantes do processo, 70% dos consumidores nos Estados Unidos e Canadá consideram ações de sustentabilidade como um fator essencial para as decisões de compra.
Apple Watch ganhou selo de neutralidade
As primeiras unidades neutras em carbono do Apple Watch foram apresentadas em 2023, como parte de um programa mais extenso de sustentabilidade da empresa.
Materiais especiais de marketing foram divulgados pela empresa, incluindo conteúdos em vídeo e um selo de “carbono neutro” na embalagem dos relógios. A empresa continua com seu objetivo de se tornar completamente neutra até o ano de 2030.
A Apple não deu declarações oficiais sobre o tema até o fechamento da notícia.
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