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Smartphones se tornaram poderosos o suficiente para substituir os PCs?

Por| 16 de Abril de 2019 às 22h20

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(Imagem: Divulgação/Samsung)
(Imagem: Divulgação/Samsung)

Com os smartphones se tornando realmente poderosos, muitos já se questionam sobre a necessidade de manter um PC em casa. Afinal, nossos smartphones nos permitem responder e-mails, fazer pesquisas, assistir a filmes, escutar músicas, e outras atividades básicas do dia a dia, sem nos decepcionar Aliás, eles são consideravelmente mais práticos do que computadores, já que estão sempre conosco, e até mais versáteis em muitas tarefas, nos permitindo gravar vídeos sempre que quisermos, por exemplo.

Ainda há espaço para computadores, em especial para desktops grandes e pesados? Ou smartphones já são capazes de atender a demandas que antes eram possíveis apenas em PCs?

Desempenho bruto

Smartphone são hoje, de fato, poderosíssimos. Mesmo um modelo básico mais atual conta com processador octa-core, e já há projetos de smartphones com 16 GB de memória RAM. Um adversário e tanto para os PCs, não? Na verdade não, ainda mais quando estamos falando de tarefas realmente exigentes.

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O Snapdragon 855, chipset presente em topos de linha de 2019, é um dos SoCs mais poderosos que há por aí. E mesmo ele chega a ser quase três vezes mais lento do que um Intel Core i7-8700K no GeekBench, mesmo contando com menos núcleos. Nos extremos, desktops ainda são imbatíveis.

Para não nos restringirmos apenas ao processador, considere uma estação de trabalho de edição de vídeos, ou de modelagem 3D. Já criamos mentalmente uma imagem de máquina poderosa, com watercooler, várias placas de vídeo e uma estrutura pensada para refrigeração extrema. Smartphones não são capazes de “competir” com esse cenário, ou de uma máquina gamer, simplesmente porque esse não é o propósito deles.

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E desempenho não é o único ponto importante aqui.

Cenários de uso

Mesmo se smartphones pudessem competir lado a lado com desktops em desempenho, ainda assim PCs e notebooks não perderiam a sua função. É possível escrever um texto como esse em um smartphone? É claro que sim! É prático? Nem um pouco — a não ser que você tenha um aparelho como o Dex, da Samsung, que "transforma" o smartphone em um desktop, integrado com monitor, mouse e teclado.

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Este texto foi criado (momento Inception aqui) em um computador com teclado físico, mouse e um monitor de 29 polegadas. Monitor que, por ser bem maior do que a tela de um smartphone, facilita as tarefas secundárias, como edição das imagens de ilustração. Considerações de desempenho à parte, produzir este texto seria muito mais burocrático, além de pouco ergonômico, em um smartphone. Isso para um texto relativamente pequeno.

Tarefas mais pesadas, como modelagem 3D, seriam ainda mais problemáticas. Aqui a diferença de desempenho é um fator preponderante, assim como a ausência de uma tela maior.

Conclusão

Respondendo à pergunta inicial: sim, ainda “precisamos” dos computadores. E precisamos deles por um motivo muito simples: as tarefas que fazemos em cada aparelho são diferentes. Mesmo se executassem a mesma tarefa com competência, continuariam a coexistir sem grandes problemas pela preferência de cada um. Basta lembrar que os livros físicos e os leitores de livros digitais convivem de forma harmônica, cada um com o seu público.

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Smartphones são imbatíveis em termos de praticidade, “batendo” os desktops em diversos pontos. Mas estes ainda continuarão presentes por um bom tempo como a melhor opção para as tarefas que executamos neles.