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Preço do iPhone não sobe, diz Casa Branca após tensões entre Trump e Tim Cook

Por  • Editado por Léo Müller |  • 

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Ivo Meneghel Jr/Canaltech
Ivo Meneghel Jr/Canaltech
iPhone 16

Por meio de representante oficial, a Casa Branca afirmou que o preço do iPhone não aumentará, mesmo após o anúncio de novas tarifas. A declaração ocorre em meio a tensões entre o presidente Donald Trump e o CEO da Apple, Tim Cook, por conta da mudança da produção do celular para a Índia. 

Após ter anunciado uma tarifa de 25% sobre todos os iPhones importados, Trump apontou que a Apple arcaria com o custo — diferente de sua retórica tradicional, que atribui os pagamentos extras a países estrangeiros. 

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Em entrevista recente ao veículo de mídia CNBC, Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, repetiu a afirmação de Trump. Além disso, tratou as reclamações das empresas sobre tarifas como um exagero, e insistiu que a Apple não repassará os custos aos consumidores.

“Todos dizem: ‘nunca seremos capazes de fazer nada se tivermos essa tarifa, será um desastre’. Depois falam o oposto porque não querem que seus títulos corporativos sejam rebaixados", provocou Hassett.

Ele ainda apontou que “estão tentando fazer parecer que é uma catástrofe se houver uma 'tarifinha' pequena agora, para tentar negociar a redução das tarifas". 

Contudo, Hassett admitiu que é "impossível mover as coisas da noite para o dia", o que impede a Apple de realocar imediatamente a produção nos EUA.

Mesmo assim, ele não confirmou se o governo concederia alívio tarifário caso a Apple anunciasse um plano de longo prazo para fabricar nos EUA.

Apple pode controlar oferta, diz Hassett

De acordo com Hassett, a Apple tem o poder de absorver o custo extra por conta do alto controle sobre sua capacidade produtiva. 

Isso significa que a companhia tem a possibilidade de revisar anualmente suas ordens de fabricação, ajustando a produção conforme as vendas e considerando os custos internos. 

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Contudo, não foi estabelecida uma conexão direta entre essa característica e a suposta absorção dos 25% por parte da Apple. Afinal, esse "poder" não impede que a empresa, ainda assim, repasse parte do valor para o público. 

Empresa alega grande impacto financeiro

Em declarações anteriores, a Apple já apontou que gastaria US$ 900 milhões (cerca de R$ 5,1 bilhões em conversão direta) apenas por conta das tarifas no trimestre que começa em junho. O valor foi calculado antes do aumento da alíquota para 25%.

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Firmas de investimento, como a Morgan Stanley, acreditam que a Apple terá que aumentar os preços. Trump, porém, tem procurado formas de amenizar essas mudanças — ele ordenou à rede de supermercados Walmart que não repassasse os custos aos consumidores, por exemplo.

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