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iFixit encerra parceria com Samsung por alto preço de peças

Por| Editado por Wallace Moté | 24 de Maio de 2024 às 11h00

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Divulgação/Samsung
Divulgação/Samsung
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A iFixit, empresa especializada em fornecer peças para reparos de celulares em casa, anunciou que está encerrando sua parceria com a Samsung. Por meio de um comunicado com teor forte, a empresa afirmou que os altos preços cobrados pelas peças fizeram com que a decisão tenha sido tomada, entre outros fatores. 

A publicação da iFixt aponta que “obstáculos nos fizeram duvidar do comprometimento da Samsung em fazer os reparos ficarem mais acessíveis”, além de indicar que não era possível encontrar peças em preços e quantidades que façam a parceria fazer sentido. 

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“Os preços das peças eram tão altos que muitos consumidores optavam por substituir seus smartphones quebrados em vez de repará-los”.

O design dos aparelhos também não teria ganhado melhorias de reparabilidade ao longo dos anos, já que partes relativamente simples como a bateria eram vendidas em conjuntos pré-colados em outros componentes, aumentando o preço do reparo para o consumidor. 

Em entrevista ao The Verge, o CEO da iFixit, Kyle Wiens, disse que a Samsung não realiza esse tipo de prática com outros vendedores. Portanto, uma troca de bateria pode sair por US$ 160 (cerca de R$ 822 em conversão direta), enquanto a mesma operação em modelos de linhas como iPhone ou Pixel custa cerca de US$ 50 (aproximadamente R$ 257). 

Além disso, a Samsung também estaria dificultando os reparos por meio de centros locais de assistência, já que era proibida a venda de mais de sete peças por consumidor, dentro de um período de três meses. 

A companhia também relatou dificuldades para obter peças dos aparelhos mais novos da Samsung, incluindo as linhas Galaxy S23, Z Flip 5 e Z Fold 5. Partes desses modelos foram direcionadas para a rival Encompass, e por isso a iFixit se sentiu passada para trás. 

Samsung teria solicitado dados de quem fez reparos

Preocupações com a privacidade dos consumidores também surgiram, já que a Samsung estaria exigindo informações sobre cada reparo realizado. Os dados solicitados incluem o nome de clientes, endereço de e-mail, número IMEI do celular, número de telefone, o defeito do smartphone e mais. 

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As lojas também seriam obrigadas a “dedurar” clientes que tivessem peças não oficiais em seus aparelhos, informando “detalhes e circunstâncias de qualquer uso inapropriado de quaisquer partes”. Esses celulares ainda precisariam ser desmontados imediatamente. 

O fim da parceria entre a iFixit e a Samsung não deve trazer grandes choques para a operação da companhia especializada em reparos, segundo Wiens. Afinal, ela ainda tem peças em estoque e a comercialização continuará — a principal diferença será que, agora, os manuais de reparo não serão assinados oficialmente pela sul-coreana e podem ficar menos detalhados. 

Já a Samsung confirmou, por nota oficial, que seu programa de reparos em casa será mantido. No entanto, agora as peças serão vendidas por meio do site SamsungParts.com, que é gerenciado pela Encompass. 

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Fonte: iFixit