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Homem pega 12 anos de prisão nos EUA por esquema de desbloqueio de celulares

Por| Editado por Claudio Yuge | 20 de Setembro de 2021 às 23h40

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Homem pega 12 anos de prisão nos EUA por esquema de desbloqueio de celulares
Homem pega 12 anos de prisão nos EUA por esquema de desbloqueio de celulares

Um homem de 35 anos foi sentenciado a 12 anos de prisão, nos Estados Unidos, por ser o operador de um esquema de desbloqueio irregular de celulares que teria custado mais de US$ 200 milhões à operadora americana AT&T. A fraude teria sido executada ao longo de sete anos e contou também com a participação de funcionários da telecom, que permitiram acesso aos sistemas internos da empresa e chegaram a instalar dispositivos físicos para que os processos pudessem ser realizados remotamente.

O paquistanês Muhammad Fahd estava preso desde 2018 pelo comando do esquema que teria começado em 2012 e resultado no desbloqueio de mais de 1,9 milhões de smartphone, de acordo com o inquérito do departamento de justiça dos EUA. Para que a operação funcionasse, ele subornava funcionários de um call center da AT&T no estado americano de Washington, que também foram identificados e estão sendo processados pela companhia.

Os profissionais teriam recebido centenas de milhares de dólares, uma parcela do valor pago pelos clientes de Fahd pelo desbloqueio dos aparelhos, que funcionavam apenas na rede da telecom. O esquema durou cerca de um ano, até que a operadora implementou um sistema que impedia o desbloqueio; isso não impediu a continuidade do esquema, com os colabores da gigante, agora, sendo pagos para entregar informações e segredos da rede que levaram ao desenvolvimento de ferramentas maliciosas que ainda permitiam a destrava.

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O esquema passou a envolver o uso de malwares para coleta de informações da rede da AT&T e até o uso de dispositivos sem fio que permitissem a continuidade dos desbloqueios. O resultado foi uma permanência do acesso fraudulento aos sistemas internos, que permitiu a continuidade dos desbloqueios irregulares e o desenvolvimento de ferramentas mais sofisticadas, capazes de ultrapassar novas barreiras que foram posicionadas pela telecom.

Empresas de fachada eram usadas para lavar o dinheiro pago pelos clientes de Fahd, que acabou preso em 2018, em Hong Kong, e foi extraditado para os Estados Unidos cerca de um ano e meio depois. Ele está preso desde então e teve sua pena atenuada, pelas acusações de conspiração e fraude bancária, por ter confessado sua culpa diante do tribunal, em setembro do ano passado.

Em comunicado publicado originalmente em 2015, quando o esquema veio à público pela primeira vez, a AT&T informou que os dados sigilosos de clientes e parceiros não foram obtidos por meio da intrusão às redes internas. A empresa, agora, segue adiante com as ações contra os ex-funcionários, cujas identidades não foram reveladas, mas estão sujeitos a penas de prisão e multas relacionadas aos danos causados à operadora.

Fonte: Departamento de justiça dos EUA