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Google suspende investimentos para celular modular com partes intercambiáveis

Por| 02 de Setembro de 2016 às 13h55

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Divulgação
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De acordo com a agência de notícias Reuters, o Google suspendeu os planos para o Project Ara, que visava criar um celular modular que poderia ser montado pelo usuário. De acordo com "duas pessoas com conhecimento sobre o assunto", o movimento faz parte dos esforços da companhia em racionalizar os investimentos com hardware. Trata-se de um passo para trás para a companhia, que em maio havia anunciado parceiros para o projeto e poderia lançar uma versão para desenvolvedores no último trimestre deste ano.

Com o Ara, os usuários poderiam montar um celular com peças modulares, escolhendo bateria, câmera, alto-falante e outros componentes para integrarem o aparelho. Outra vantagem de ser assim é que o consumidor não precisaria trocar todo o celular quando este começasse a ficar obsoleto, mas apenas os componentes principais, reduzindo o volume de lixo tecnológico.

Volumoso e caro

Celulares modulares são motivo de grande entusiasmo pela comunidade de tecnologia, por poder prolongar a vida do aparelho. No entanto, são difíceis de se colocar no mercado, por que os componentes são volumosos e com custo muito alto para produzir, de acordo com analista Bob O'Donnell, da TECHnalysis Research. Ele acrescenta ainda que não foi uma surpresa o Google ter paralisado o projeto, pois "esse foi um experimento científico que falhou e eles estão seguindo com a vida", afirmou.

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Tirar o Ara de cena é um dos primeiros passos para unificar os vários esforços do Google no segmento de hardware, como os laptops Chromebook e os celulares Nexus. O ex-presidente da Motorola, Rick Osterloh, passou novamente a pertencer ao quadro de funcionários do Google no começo deste ano, com a missão de supervisionar essa racionalização dos investimentos.

O projeto era uma das principais vitrines do setor de Advanced Technology and Projects, destinado para desenvolver novos dispositivos, mas teve várias idas e vindas. O Google iria testar o celular em Porto Rico com operadoras latino-americanas no ano passado, mas cancelou os planos. No entanto, nem tudo está perdido: embora a companhia não vá lançar o produto, pode trabalhar com parceiros para trazer a tecnologia para o mercado, potencialmente através de acordos de licenciamento.

Fonte: Reuters