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Google Magic Editor mostra poder da IA em teste no Pixel 7 Pro

Por  • Editado por  Wallace Moté  | 

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Ivo Meneghel Jr/ Canaltech
Ivo Meneghel Jr/ Canaltech
Pixel 7 Pro

Uma das principais novidades da família Pixel 8, o Google Magic Editor teve as capacidades testadas em um Pixel 7 Pro, através de leves modificações no código da versão mais recente do Google Fotos. Trazendo como base as tecnologias de IA generativa da gigante das buscas, o novo editor de vídeos e imagens é capaz de mover objetos e reconstruir trechos da imagem, impressionando pelos resultados, ao menos na demonstração feita.

O teste foi realizado pelo desenvolvedor e jornalista Mishaal Rahman, e mostra o processo completo de uso do Magic Editor no topo de linha do Google do ano passado — a novidade seria exclusiva do Pixel 8 a princípio, mas deve ser disponibilizada para mais aparelhos futuramente, se considerarmos que está vinculada ao Google Fotos. No vídeo gravado, a qualidade final da imagem editada impressiona.

A funcionalidade é acessada ao se abrir uma foto, tocar em "Editar" e, então, no canto inferior direito, tocar no ícone colorido com o logo de uma imagem e um sinal positivo. Após carregar, o recurso permite ao usuário selecionar um objeto para movê-lo, aumentá-lo ou diminuí-lo de tamanho. Para completar a área afetada pela edição, um algoritmo de IA generativa analisa o local modificado e, caso necessário, gera conteúdo para adequar as mudanças ao restante da foto.

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O exemplo preparado por Mishaal envolveu o reposicionamento da imagem de um pato, exigindo assim que a IA trabalhasse para completar a área em questão. Após alguns segundos, a solução oferece algumas imagens para que o usuário escolha. Praticamente todos as opções oferecidas no teste entregaram modificações imperceptíveis, respeitando não apenas o padrão da terra do chão, como também da grama e da árvore presente no local.

Como é costume na galeria de fotos do Google, o usuário pode dar zoom para avaliar os ajustes e tocar e segurar para comparar as mudanças. Há, porém, um comando novo: um botão para envio de feedback. A ideia, provavelmente, é coletar opiniões para que a companhia ajuste o algoritmo com o tempo, e entregue dessa maneira resultados ainda melhores. Dito isso, para um recurso recém-lançado, a qualidade já é bastante respeitável, especialmente quando consideramos que a maioria das imagens deve ser postada nas redes sociais.

Há mais alguns pontos interessantes revelados pelo desenvolvedor: foi preciso fazer o backup da foto antes de ser possível acessar o Magic Editor, o que sugere que o processamento está sendo feito nos servidores do Google, em vez de ser rodado no próprio celular. Além disso, é preciso aceitar os termos e condições de uso de IA generativa da gigante das buscas, da mesma forma que é feito para o Bard, o gerador de texto da companhia.

Com essas informações em mente, é possível especular que não deve ser difícil levar a funcionalidade para mais aparelhos, e que existe grandes chances da empresa utilizar as imagens enviadas para a nuvem como conteúdo para treinamento da IA — é importante considerar esse ponto na hora de utilizar o recurso. De toda forma, a ferramenta mostra um futuro promissor ao aparentemente cumprir o que foi prometido em seu anúncio, durante o Google I/O 2023.