Golpes na venda de celular usado caem no Brasil, mas SP segue líder em fraudes
Por Nathan Vieira • Editado por Léo Müller |

A venda de celulares usados ficou menos arriscada no Brasil em 2025, mas São Paulo ainda concentra o maior número de golpes. Um levantamento realizado pela OLX mostra que, mesmo com uma queda significativa nas fraudes, o estado paulista permanece no topo do ranking nacional de prejuízos e ocorrências.
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Entre janeiro e junho de 2025, brasileiros perderam cerca de R$ 32,2 milhões em golpes envolvendo compra e venda de celulares. Apesar de alto, o valor representa uma redução de 49% em relação ao mesmo período de 2024.
Em São Paulo, o prejuízo estimado foi de R$ 10,5 milhões no primeiro semestre, uma queda de 46% na comparação anual. A invasão de conta lidera entre os métodos mais usados pelos criminosos, representando 53% dos casos. Em seguida aparecem o falso pagamento (42%) e o anúncio falso (3%).
iPhones seguem como alvo preferido dos golpistas
O estudo aponta que os modelos de iPhone são disparadamente os mais visados, presentes em 77% das fraudes registradas. Em seguida aparecem aparelhos Samsung (14%) e Xiaomi (3%).
A preferência dos criminosos acompanha a alta procura por esses modelos no mercado de usados, além do maior valor agregado dos produtos da Apple. Em outros países, como o Reino Unido, inclusive, iPhones viram alvo e Androids são largados na fuga.
São Paulo lidera o ranking de fraudes
Mesmo com a queda expressiva nos prejuízos, São Paulo continua sendo o estado mais afetado. A capital responde por 42,9% de todas as ocorrências, ampliando a participação em relação ao ano anterior, quando tinha 35,2%.
O Top 5 de municípios paulistas com mais golpes inclui ainda Guarulhos (4%), Santos (2,7%), Santo André (2,5%) e Sorocaba (2,2%). Depois de São Paulo, os estados com maiores perdas financeiras são Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
Panorama nacional e comportamento digital
A pesquisa analisou dados de sites, aplicativos e contas digitais, comparando o primeiro semestre de 2024 com o de 2025. A queda dos golpes pode indicar maior conscientização dos consumidores e avanços nas plataformas de venda, mas os números mostram que o problema ainda é relevante, especialmente em regiões com grande volume de transações, como São Paulo.
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