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Galaxy Z Fold 7: como a concorrência vinda da China fez a Samsung acordar

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Divulgação/Samsung
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Galaxy Z Fold 7

O Galaxy Z Fold 7 foi lançado nesta terça-feira (9) e trouxe uma mudança visual mais impactante do que qualquer outra geração anterior. O novo dobrável da Samsung ficou fino de verdade: com apenas 8,9 mm de espessura quando fechado, ele se aproxima do formato de um celular tradicional.

Aberto, o Z Fold 7 é de tirar o fôlego: são meros 4,2 mm. Ele é tão esbelto que a Samsung precisou redesenhar componentes internos para conseguir encaixar uma porta USB-C.

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Esse avanço, no entanto, não veio do nada. A verdadeira força por trás da inovação da Samsung está na pressão que a empresa vem sofrendo das marcas chinesas.

Modelos como o Honor Magic V2 já tinham mostrado que era possível criar um dobrável com apenas 9,9 mm de espessura, enquanto o novo Honor Magic V5 é ainda mais fino: 8,8 mm fechado.

A Oppo, por sua vez, já colocou o Find N5 no mercado com corpo compacto, proporções ergonômicas e construção leve. Com apenas 8,9 mm dobrado — ou discretos 4,2 mm aberto — ele tem a mesma espessura que o Z Fold 7.

Samsung teve que sair da zona de conforto

A Samsung, por muito tempo, liderou o segmento de dobráveis quase sozinha. Mas com o amadurecimento dos concorrentes asiáticos, ela teve que sair da zona de conforto.

O Z Fold 7 é resultado direto dessa nova realidade. A marca precisou repensar o design interno, usar novos materiais e até redesenhar o sistema de resfriamento para alcançar o padrão atual.

Ainda assim, o Fold 7 mantém escolhas conservadoras. Um exemplo claro é a decisão de seguir com baterias de íons de lítio tradicionais.

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Enquanto marcas como Honor e Vivo já migraram para baterias com ânodo de silício-carbono devido à maior densidade energética, carregamento mais eficiente e menos degradação ao longo do tempo, a Samsung continua evitando essa inovação, citando preocupações com estabilidade e segurança.

Essa resistência tem potencial para comprometer a longevidade do Z Fold 7. Um aparelho tão fino precisa de bateria compacta e eficiente, e, nesse quesito, as concorrentes chinesas saem na frente.

Afinal, todo mundo sabe que as baterias de lítio perdem autonomia drasticamente depois do primeiro ano de uso intenso.

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De provocadora à provocada

Se por um lado o novo dobrável da Samsung mostra que a coreana ainda sabe entregar engenharia de ponta, por outro revela que a empresa precisou ser cutucada pela concorrência para dar um salto evolutivo.

Dez anos atrás, quem dava essas cutucadas era a própria Samsung.

Foi ela que popularizou as telas grandes com o Galaxy Note, ousou com o design curvo do Note Edge e colocou o primeiro dobrável nas prateleiras do mundo todo.

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Hoje, o jogo virou — e são as marcas chinesas que empurram o mercado adiante com ideias mais ousadas.

A Samsung ainda tenta puxar a narrativa da inovação apostando forte em inteligência artificial, mas o consumidor médio ainda se importa mais com design, câmera, bateria e preço. IA, por enquanto, não é o que define uma compra.

Mesmo assim, a Samsung segue sendo “o celular padrão” para milhões de brasileiros. E isso é uma vantagem estratégica que não pode ser desperdiçada.

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Se a Samsung souber transformar esse favoritismo em atitude, ainda tem tudo para voltar a liderar, não só em vendas, mas também em ideias.

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Será que a Samsung está com problemas para inovar? Veja no vídeo abaixo:

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