Celulares dobráveis podem ser muito mais lucrativos do que o esperado
Por Victor Carvalho | Editado por Wallace Moté | 14 de Dezembro de 2022 às 13h50
Uma nova pesquisa organizada pela Nikkei Asia em parceria com a firma independente Fomalhault Techno Solutions indica que a produção de smartphones dobráveis pode ser mais lucrativa para empresas do que o esperado. Ao menos essa seria a verdade para o Galaxy Z Fold 4, onde quase 60% do custo volta para a Samsung.
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Ao desmontar e analisar as peças e componentes internos do dobrável mais caro da Samsung, a pesquisa indica que o Galaxy Z Fold 4 vendido a US$ 1.799 tem custo de produção aproximado de US$ 670, ou o equivalente a quase 40% do valor de venda.
Quase o mesmo pode ser dito em relação ao Huawei Mate Xs e XiaomiMix Fold, dobráveis vendidos exclusivamente na China que também possuem preços elevados e alta margem de lucro de 30% a 40%.
Para efeito de comparação, o iPhone 14 Pro Max, o celular mais caro da Apple, é vendido a partir de US$ 1.099 e tem custo de fabricação de aproximadamente US$ 500, tendo uma margem de lucro inferior ao de celulares dobráveis.
É claro que apesar do alto lucro nas vendas dos dobráveis em seus formatos finais, a empresa precisa cobrir os custos de anos de desenvolvimento e pesquisa — além de outros gastos envolvidos no processo de venda, como marketing e logística. Apesar disso, é notável que o valor elevado também está ligado diretamente à novidade da tecnologia aos consumidores.
Ao posicionar dobráveis mais poderosos a um preço elevado, empresas aumenta a cobiça por estes equipamentos e elevam seu status não pelo custo de fabricação, mas pelo custo de venda.
Embora Samsung, Huawei e Xiaomi sejam algumas das marcas mais ativas no segmento de dobráveis nos últimos anos, Apple e Google já trabalham em seus próximos smartphones com telas flexíveis.
Dada a alta margem de lucro em uma época que dobráveis se tornam mais populares e smartphones tradicionais ficam estagnados em termos de inovação, empresas não devem perder muito tempo para entrar na onda e ganhar ainda mais dinheiro.
Fonte: Nikkei Asia