Abandonar o celular ou a cafeína? Pesquisa mostra qual é o maior vício
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •

Uma nova pesquisa feita pela organização britânica de reciclagem de eletrônicos Compare and Recycle mostrou qual é o nível de vício em celulares de parte da população. Para isso, uma questão foi levantada: o que você estaria disposto a fazer para não ficar uma semana sem o smartphone?
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Veja abaixo os resultados de maior destaque:
- 40% das pessoas prefeririam largar completamente a cafeína;
- Quase 25% dos entrevistados passariam uma semana sem ver ninguém;
- 18% prefeririam abrir mão de tomar banho;
- Quase 15% escolheriam raspar uma sobrancelha;
- Cerca de 7% prefeririam lamber uma calçada pública a se separar do dispositivo.
Além disso, a chamada Geração Z (nascidos entre o final dos anos 2000 e os anos 2010) demonstrou o maior apego aos smartphones.
Segundo o levantamento, algumas pessoas nessa faixa prefeririam caminhar sobre brasas quentes, pular de um avião ou fazer uma tatuagem escolhida por um estranho, em vez de passar um tempo sem o celular.
Nomofobia em questão
O vício em celular está ligado a um transtorno de ansiedade formalmente classificado como "nomofobia" desde 2014.
No último ano, foi percebida uma explosão no interesse em relação ao tema, com um aumento de 461% nas pesquisas no Google por "sinais de vício em telefone" dentro desse período. Além disso, consultas específicas sobre sintomas do vício cresceram 200% apenas no último mês.
Pesquisas anteriores, de 2021, indicam que cidadãos dos Estados Unidos checam seus telefones 262 vezes por dia, o que equivale a uma vez a cada 5,5 minutos.
Lee Elliott, Diretor de Produto da Compare and Recycle, ressaltou que a sociedade desenvolveu um "relacionamento completamente insalubre com os dispositivos".
Ao mesmo tempo, grande parte das pessoas resiste em admitir o vício, ao acreditar que pode largar o telefone quando quiser.
Alguns sintomas da nomofobia incluem a preocupação constante e agitação, que podem levar a problemas físicos como a dificuldade para respirar, tremedeira e batimentos cardíacos acelerados.
O tratamento para a condição costuma envolver terapia cognitivo-comportamental, que consiste em mudar padrões de pensamentos para abordagens mais saudáveis mentalmente.