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Prévia Percy Jackson | Estreia da série é presente de Natal para os fãs

Por  • Editado por Durval Ramos | 

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Depois de muita espera, Percy Jackson e os Olimpianos estreou nesta quarta-feira (20) no Disney+. A série de fantasia baseada nos livros de Rick Riordan que conta a história de um garoto de 12 anos que descobre ser um semideus era um dos títulos mais aguardados deste ano da plataforma, especialmente pela sua legião de fãs.

Embora apenas dois episódios do show tenham sido liberados (os outros seis serão lançados semanalmente no streaming), a série já causou bastante repercussão nas redes sociais, ganhando muitos elogios pela sua fidelidade ao material original — um problema que os fãs já tinham enfrentado com as adaptações de 2010.

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Além disso, os dois episódios já deram um gostinho do que está por vir e cobriram boa parte da trama, mostrando a descoberta de Percy a respeito de suas origens, sua ida para o Acampamento Meio-Sangue e a decisão de ir atrás do Raio-Mestre de Zeus.

Uma adaptação coerente 

O medo de que o reboot do Disney+ fosse uma produção bastante descolada da história original definitivamente não se concretizou. Embora fique claro que ajustes foram feitos para o audiovisual, respeitando o formato da produção, a série é bastante fiel a Percy Jackson e O Ladrão de Raios, livro que serve de base para essa primeira temporada.

O primeiro episódio começa com a clássica narração de Percy sobre os perigos de ser um semideus e apresenta os outros personagens aos poucos, dando espaço para que o espectador crie uma conexão e entenda os propósitos de cada um. O recurso de ter a narração do protagonista em off, inclusive, é utilizado em outros momentos do show e ajuda muito a entender os sentimentos e decisões de Percy ao longo da história.

Outro ponto positivo da nova série do Disney+ é o CGI. Embora em alguns momentos algo soe “estranho na tela”, como nas cenas em que o centauro Quíron cavalga pelo acampamento ou quando Poseidon reclama Percy como seu filho, as imagens em geral foram bem feitas e é possível acreditar na fantasia que se desenrola na tela, sem grandes incômodos.

No entanto, se há algo de problemático que pode ser dito sobre esses dois primeiros episódios é que a batalha de Percy com o minotauro precisava de mais iluminação. Embora seja possível ver melhor o monstro quando o semideus, Sally e Grover chegam na entrada do acampamento (em um CGI muito bem feito, diga-se de passagem), a perseguição de carro é bastante escura — o que pode deixar muita gente com vontade de aumentar o brilho da TV.

O match perfeito

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Embora qualidades não faltem ao show, nada pode superar o match perfeito entre os personagens e o elenco. Além do jovem protagonista Walker Scobell parecer ter sido desenhado à mão para o papel, Aryan Simhadri, que dá vida ao sátiro Grover, e Leah Jeffries, que faz a inteligente Annabeth, conseguiram fazer suas próprias versões (encantadoras) dos personagens.

Embora o trio ainda não tenha sido visto junto em tela (uma combinação que tem tudo para ser um dos pontos altos do show), sua química em duplas funciona muito bem. Um elogio, inclusive, que também pode ser feito à Virginia Kull, atriz que faz a mãe de Percy.

Um dos grandes destaques desse início de temporada, Kull consegue mostrar uma conexão surpreendente com Percy. Algo que foi muito pouco explorado nos filmes da Fox e serve como um alicerce importante para o desenrolar dos próximos episódios.

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Divertido, mas nada bobo

Por fim, vale ainda ressaltar quem uma escolha interessante feita pela Disney — que contou com a supervisão do próprio Rick Riodan no projeto — foi a de dar à série um tom sério quando necessário, sem nunca perder o bom humor.

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Há pequenas (e ótimas) piadas espalhadas pelo roteiro, responsáveis por deixar a produção mais dinâmica e permitir que personagens como Dionísio (também conhecido como Mr. D, o diretor do acampamento) ganhem ainda mais destaque. Por outro lado, cenas como a do combate com a Fúria e mesmo com o Minotauro não soam bobas ou forçadas, e carregam a dose certa de dramaticidade para esse tipo de produção.

Com potencial para agradar qualquer idade, Percy Jackson e Os Olimpianos teve um ótimo começo de temporada. Sem pretensões de tratar o público como bobo ou mesmo transformar a história em algo que ela não é, a série do Disney+ parece ter encontrado o equilíbrio perfeito entre ouvir o que os fãs tinham a dizer, mas também seguir os seus próprios instintos.