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A Casa do Dragão | Morte do primeiro episódio é muito mais brutal nos livros

Por| 16 de Junho de 2024 às 23h05

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HBO
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A segunda temporada de A Casa do Dragão começou do jeito que os fãs gostam: repleto de conspirações, intrigas e com uma reviravolta chocante. O capítulo de estreia deste novo ano mostrou que nem mesmo as crianças estão seguras da guerra entre os Targaryen e levou para as telas um dos eventos mais impactantes dos livros.

O assassinato apresentado nos minutos finais do episódio é uma das passagens mais brutais de Fogo & Sangue, que serve de inspiração para a HBO. Por isso mesmo, havia uma certa curiosidade para ver como a emissora iria adaptar toda essa violência que, para muita gente, está no mesmo nível do Casamento Vermelho de Game of Thrones

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Só que, apesar de a cena ter sido bastante chocante até para os padrões da série, a HBO amenizou alguns detalhes para simplificar as coisas e amenizar o impacto desse momento como um todo. Isso porque, no livro, as ações de Sangue e Queijo são muito mais cruéis.

Atenção! Este texto traz spoilers pesados do primeiro episódio da segunda temporada de A Casa do Dragão.

Como o episódio de A Casa do Dragão termina?

A série retorna repercutindo os acontecimentos finais da primeira temporada. Após a morte do pequeno Lucerys (Elliot Grihault) por Aemond (Ewan Mitchell), as animosidades entre os Targaryen se intensificam. E, enquanto Rhaenyra (Emma D’Arcy) ainda sente a dor da perda, Daemon (Matt Smith) decide agir em busca de vingança.

A partir das informações que ele extrai de sua ex-amante Mysaria (Sonoya Mizuno), ele vai a King’s Landing e convence um soldado da Patrulha da Cidade e um caça-ratos a invadirem a Fortaleza Vermelha. Sua ordem é clara: eles devem matar Aemond e levar sua cabeça para Rhaenyra.

Só que, chegando no castelo, os assassinos se deparam apenas com a rainha Helaena (Phia Saban) e seus filhos pequenos, os gêmeos Jaehaerys e Jaehaera. Sem saber o que fazer, eles decidem matar o herdeiro do rei Aegon, sob a lógica de “um filho por um filho”.

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É quando eles pedem para que a rainha aponte o menino. Desesperada, Helaena aponta para o garoto e foge com a menina. Enquanto isso, os assassinos decapitam o menino e fogem. 

Morte no livro é muito mais brutal

No livro Fogo & Sangue, todo esse episódio ganhou o apelido de Sangue e Queijo, que é como os assassinos são conhecidos. E isso é importante porque toda a concepção do plano é bem diferente. 

Na série, Daemon parece incomodado com o luto de Rhaenyra, alegando que isso a impede de agir. Por isso, ele decide elaborar todo esse plano para tentar se vingar de Aemond.

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Só que, no livro, as coisas são bem mais cruas e sem pudores. Logo após a morte de Lucerys, Daemon envia um corvo para King’s Landing ameaçando a Coroa: “Olho por olho, filho por filho. Lucerys será vingado”. Ou seja, a intenção de matar as crianças era algo premeditado desde o início.

Outra diferença é que, na obra original, Mysaria não está presa em Pedra do Dragão e nem é responsável apenas por dar as informações para Daemon. Na verdade, o príncipe vai até ela na capital e encomenda o assassinato e é ela quem encontra Sangue e Queijo.

A origem dos matadores é bem parecida, com a diferença de que Sangue não é um soldado rebelde da Patrulha da Cidade, mas um ex-guarda expulso por seu comportamento violento. Contudo, o importante é que eles vão com o objetivo preciso de matar o filho do rei Aegon.

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Tanto que é descrito que eles encontram a rainha Alicent e apenas a amordaçam, deixando-a presa no quarto enquanto esperam a chegada de Helaena. É quando a monarca chega com as crianças que eles atacam de verdade e de forma muito mais brutal do que na série. 

No caso, Sangue e Queijo pedem para a rainha escolher qual das crianças iria morrer para pagar pela morte de Lucerys. Ela suplica para que eles a matem no lugar dos pequenos, mas eles reforçam que “uma esposa não é um filho” e que, se ela demorasse, Sangue iria violentar a menina e matar a todos ali.

É quando Helaena toma uma decisão e aponta para o caçula, Maelor. Não há uma explicação exata do porquê da decisão, já que o próprio livro diz não estar certo se foi por acreditar que a criança não iria entender ou pelo fato de Jaehaerys ser o sucessor de Aegon. 

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O fato é que, diante da escolha, Queijo contou ao menino que sua mãe o queria morto e Sangue mata Jaehaerys em seu lugar.

Por que a série mudou a história?

Existem algumas razões que explicam a mudança feita pela HBO em A Casa do Dragão. A primeira delas é pura e simplesmente para amenizar a cena, que é bastante brutal, violenta e um tanto sádica no livro. 

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No original, há uma tortura psicológica absurda com Helaena, tanto que esses eventos vão repercutir por toda sua história dali em diante. Assim, faz todo o sentido o seriado pisar um pouco no freio e entregar a mesma conclusão, mas sem soar tão cruel.

Outro motivo é a própria simplificação da história. Para seguir exatamente como no livro, teria que ser explicado sobre os três filhos de Aegon e mudar toda a trama envolvendo Mysaria. Assim, para evitar dar um nó na cabeça do público, optou-se por algo menos rocambolesco.

Mas há também uma terceira razão, que é a temática deste primeiro episódio — e que segue reverberando no segundo. A nova temporada de A Casa do Dragão começa justamente discutindo que, enquanto os homens agem inconsequentes por seus impulsos, são as mulheres que têm que lidar com as consequências. 

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Há um efeito cascata de erros cometidos pelos homens. Sangue e Queijo matam Jaehaerys no lugar de Aemond e fazem isso porque Daemon quis vingar a morte de Lucerys, que também foi outra burrada. E, no fim das contas, são as mães que choram seus filhos e que precisam arrumar a bagunça deixada por quem acredita estar no comando de tudo.

A Casa do Dragão vai ao ar aos domingos na HBO e na Max.