Uber é multada em mais de R$ 4 milhões por vazamentos de dados de 2016

Nesta terça-feira (27) a Autoridade Holandesa de Proteção de Dados (DPA) anunciou a imposição de uma multa no valor de € 600 mil à Uber. A sanção foi imposta com base no vazamento de dados de 57 milhões de usuários, incluindo motoristas da plataforma, que ocorreu em 2016, mas só foi divulgado em dezembro de 2017.

Dados como nomes, endereços de e-mail e números de telefones foram expostos. Foi relatado, também, que a empresa negligenciou as leis ao optar por não declarar às autoridades o caso em um prazo máximo de 72 horas após a descoberta. Simultaneamente, o Escritório do Comissário de Informação Britânica (ICO), no Reino Unido, anunciou multa de £ 385 mil para a empresa pelo mesmo escândalo.

No total, as multas recebidas pela Uber equivalem a aproximadamente R$ 4,32 milhões.

Ainda em março deste ano, Josh Shapiro, procurador geral da Pensilvânia, EUA, registrou um processo contra a Uber devido ao mesmo incidente. Na época, Shapiro registrou em sua ação que a empresa deveria ter alertado seus clientes em um período de tempo mais curto.

Ainda neste período, um porta-voz da Uber citou que a companhia estava investigando o incidente e divulgando as circunstâncias para os reguladores estaduais e federais, além de procuradores gerais estaduais para colaborar com a investigação.

A Uber também foi citada no inquérito sobre a decisão de pagar US$ 100 mil aos criminosos para que os dados não fossem revelados. Ela também foi acusada de manter um departamento de espionagem que roubava informações de apps e serviços concorrentes.

O caso ficou marcado após um jovem de 20 anos da Flórida confirmar a autoria do ataque hacker que expôs dados de milhões de usuários, inclusive brasileiros. Ele também revelou que contou com a ajuda de uma segunda pessoa não-identificada.

Aqui no Brasil, o Ministério Público Federal exigiu esclarecimentos da empresa e afirmou que cerca de 196 mil usuários do país tiveram seus dados revelados na internet. A empresa, então, deu início a uma série de avisos aos cidadãos afetados, utilizando-se de mensagens por e-mail. Ela também pediu desculpas, mas não citou nenhuma fraude no país.

Fonte: Dutch DPA