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Twitter libera criptografia nas mensagens diretas — mas só para quem pagar

Por| Editado por Wallace Moté | 11 de Maio de 2023 às 13h36

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Brett Jordan/Unsplash
Brett Jordan/Unsplash
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O Twitter liberou nesta quinta-feira (11) a criptografia de ponta a ponta nas mensagens diretas trocadas entre os usuários. Entretanto, o recurso que traz maior segurança e impede que até mesmo a própria plataforma tenha acesso ao conteúdo da comunicação é mais uma exclusividade para os assinantes da versão Blue da rede social.

O lançamento, como tantas mudanças aplicadas recentemente no serviço, parece atrapalhado. Enquanto sabe que a liberação do recurso é um pedido antigo dos usuários, antes mesmo de sua gestão, o CEO do Twitter, Elon Musk, disse que a proteção está disponível de forma inicial, ainda em fase de testes, e convidou os usuários a testarem o recurso, mas não confiarem plenamente nele neste momento.

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"Versão inicial das mensagens diretas criptografadas acabou de ser lançada. Experimente, mas ainda não confie."

Ainda que nesse estágio inicial, o recurso já está disponível para os assinantes do Twitter Blue na web e também nos aplicativos para Android e iOS. Entretanto, é importante lembrar que ele só poderá ser ativado se os dois participantes de uma conversa estiverem pagando o serviço ou sejam afiliados a uma organização verificada na rede social. Então, basta ativar o controle dedicado à criptografia de ponta a ponta para ativar a segurança.

Como funciona a criptografia de ponta a ponta no Twitter?

O formato é semelhante ao visto em mensageiros com recurso de comunicação privada; com a proteção, uma nova janela é aberta para que as mensagens protegidas sejam trocadas de forma separada das convencionais. Enquanto isso, segundo o Twitter, o recurso de segurança ainda não está disponível para conversas em grupo nem dá suporte a troca de mídias, somente mensagens de texto ou links.

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Existem também algumas limitações quando às chaves de criptografia em si. Enquanto o Twitter usa um sistema assimétrico, que combina um segredo pessoal de cada dispositivo com uma credencial pública, somente 10 deles poderão ser registrados por cada usuário. Além disso, novos aparelhos não poderão entrar em conversas protegidas já em andamento.

O recurso liberado nesta quinta estaria em desenvolvimento desde novembro do ano passado. Enquanto todos os assinantes do Twitter Blue têm acesso à criptografia, ainda não há data para o fim dessa etapa inicial de liberação e, muito menos, informação sobre uma possível abertura do protocolo também a usuários comuns da rede social.

Não é a primeira vez, aliás, que a plataforma coloca um recurso de proteção por trás de uma barreira de pagamento. Em março, o Twitter também tornou exclusivo dos membros Blue a autenticação em duas etapas por SMS, incentivando usuários comuns a escolherem outros meios de verificação (mais seguros, diga-se de passagem). Na ocasião, Musk explicou a mudança afirmando que a rede social paga por cada mensagem de texto enviada, com o uso de apps para esse fim sendo mais vantajoso para a empresa e seguro para os utilizadores.