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TikTok nega megavazamento de dados de usuários

Por| Editado por Claudio Yuge | 06 de Setembro de 2022 às 12h20

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Canaltech/Felipe Freitas
Canaltech/Felipe Freitas
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O TikTok negou ter sido vítima de um megavazamento de informações, afirmando oficialmente que o volume de mais de dois bilhões de entradas que surgiu no último final de semana não pertence à empresa. No banco de dados que foi publicado em um fórum cibercriminoso estariam dados de usuários, estatísticas de uso, cookies e tokens de autenticação, assim como detalhes dos servidores da rede social e até o código fonte dela.

Em comunicado oficial, a plataforma afirmou que as alegações feitas pelo grupo Against the West, que assumiu autoria da intrusão, são falsas. O principal motivo para isso seria a localização de códigos de integração com o mensageiro WeChat em meio à programação da rede social — ela afirma que jamais uniu seus serviços ao do app de comunicação, com outros indícios analisados por seu time de segurança indicando que o vazamento não pertence à empresa.

Os dados, também, não seriam possíveis de serem obtidos a partir de raspagem de dados, quando sistemas automatizados varrem serviços em busca de informações públicas. O TikTok afirmou que a plataforma tem defesas contra essa prática — especialistas em segurança, por outro lado, apontam a ampla presença de informações abertas no volume vazado, o que indicaria um processo desse tipo.

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"Parece que o ATW foi banido do fórum que postaram o tópico se gabando. Eles não publicaram amostras de dados de usuários, pelo que vi. Postaram "amostras de dados", que eram basicamente tabelas vazias."

A origem do banco de dados vazado também foi questionada pelos próprios cibercriminosos. Enquanto a conta do Against the West no Twitter foi bloqueada pela plataforma, o grupo também foi impedido de utilizar o mesmo fórum em que publicou o banco de dados, com a indicação de que estariam mentindo sobre o volume. A amostra de informações postada por eles, inclusive, traria apenas tabelas falsas e arquivos ligados a sistemas, em vez de dados de usuários.

Uma análise das informações postadas pelos bandidos, feita pelo especialista Troy Hunt, do site de alerta sobre vazamentos Have I Been Pwned, reforça a ideia de que as informações disponíveis são públicas. Ele localizou, por exemplo, IDs de vídeos postados na plataforma, dados de produção e desenvolvimento do aplicativo e links para interfaces, bem como dados falsos — fortes indicativos de que a ideia de um vazamento, efetivamente, não procede.

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Data is likely to come from Hangzhou Julun Network Technology Co., Ltd rather than TikTok. Still, the question is, why is there so much data? pic.twitter.com/zYbE7JC7mt

— Bob Diachenko 🇺🇦 (@MayhemDayOne) September 5, 2022

"Ok, o vazamento do TikTok é real. Nosso time analisou as amostras e confirmou um vazamento parcial de dados de usuários. Eles provavelmente são da Hangzhou Julun Network Technology Co., Ltd, e não do TikTok. Ainda assim, a pergunta é: porque tantos dados?"

O analista e consultor em segurança Bob Diachenko seguiu por outro caminho e foi capaz de confirmar que houve, sim, uma exposição de dados, ainda que ela possa não ter o TikTok como origem. Dados parciais de usuários fariam parte do volume, junto a indicações de que ele pertenceria a uma empresa de e-commerce e pagamentos chinesa chamada Hangzhou Julun Network Technology, segundo dados de integração também disponíveis no vazamento.

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O TikTok ainda não se pronunciou sobre esse novo desenvolvimento. Enquanto isso, também não existe indicação de segurança aos usuários além de medidas de higiene digital básicas, como o uso de autenticação em duas etapas e senhas aleatórias e diferentes para cada plataforma; a troca de credenciais, entretanto, pode não ser necessária, já que, pelo menos por enquanto, não existem confirmações de que dados de acesso efetivamente vazaram da rede social.

Fonte: Bleeping Computer, Troy Hunt (Twitter)