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Procon-SP pede que 10 bancos e 3 associações expliquem suas defesas digitais

Por| Editado por Claudio Yuge | 21 de Junho de 2021 às 21h20

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Procon-SP pede que 10 bancos e 3 associações expliquem suas defesas digitais
Procon-SP pede que 10 bancos e 3 associações expliquem suas defesas digitais

O Procon-SP emitiu na última sexta-feira (18) uma notificação a dez bancos e três associações do setor financeiro em que exige explicações sobre seus sistemas de segurança, bloqueio, exclusão remota de dados e rastreamento de operações. A ação surge como resposta a um golpe perpetrado por quadrilhas que se especializam no roubo de celulares para invadir contas conectadas a eles a partir de aplicativos.

As empresas notificadas deverão fornecer laudos técnicos, assinados por profissionais habilitados, dos testes de validação e eficiência usados em seus sistemas de segurança. Elas também deverão especificar o número de etapas aplicado ao processo de validação remota fornecido aos usuários em todas as suas modalidades, incluindo senhas, códigos de segurança, biometria e outros.

Confira a lista das companhias notificadas:

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  • Banco BMG S/A;
  • Banco Inter S/A;
  • Banco Pan S/A;
  • Banco C6 S/A;
  • Banco Bradesco S/A;
  • Banco do Brasil S/A;
  • Itaú Unibanco S/A;
  • Caixa Econômica Federal;
  • Neon Pagamentos S.A.;
  • NU Pagamentos S/A;
  • Banco Santander Brasil S/A;
  • ABBC – Associação Brasileira de Bancos;
  • ABFintechs – Associação Brasileira de Fintechs;
  • Febraban – Federação Brasileira de Bancos.

Explicações sobre tecnologias e processos de proteção

As instituições acionadas vão precisar explicar as diferenças em seus sistemas entre as plataformas Android e iOS, bem como aos pacotes de serviços aos quais eles estão vinculados. Também será preciso confirmar o grau de segurança e confiabilidade em processos que vão da simples consulta do extrato bancário até a realização de operações dos mais diferentes tipos.

O Procon-SP também quer detalhes sobre as providências tomadas quando uma quebra de segurança é detectada e como as empresas recebem, tratam e armazenam dados de usuários. O órgão quer saber durante quanto tempo dados privados são guardados e querem comprovações da possibilidade de atualizá-los ou excluí-los de forma remota, se necessário.

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As instituições do setor financeiro e os bancos devem esclarecer suas políticas de segurança em transações envolvendo o PIX, formas de estorno e devolução de valores em caso de fraudes e esclarecer os custos de cobrança associados aos pacotes contratados pelos clientes e possíveis diferenças nas ofertas feitas entre os sistemas Android e iOS. As companhias acionadas têm até o dia 30 de junho para responderem aos questionamentos.

A ação do Procon-SP surge após uma reportagem da Folha de S. Paulo revelar que criminosos estão conseguindo burlar sistemas de segurança complexos — que incluem biometria e autenticação em múltiplas etapas — para roubar contas bancárias. Com isso, não somente as vítimas precisam lidar com a perda de seus aparelhos, mas também com possíveis prejuízos financeiros decorrentes de transações não-autorizadas.

Fonte: Procon-SP