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Nova Central de Segurança do Google traz mais dicas e ferramentas de proteção

Por| 22 de Setembro de 2021 às 07h08

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Segurança e privacidade de dados, embora andem de mãos dadas, não significam a mesma coisa. E, assim como vários outros tópicos relacionados à defesa digital do usuário, são dois termos que não são conhecidos a fundo pela grande maioria da população que navega pela web — e isso traz muitos riscos aos usuários. Já há algum tempo, o Google vem implementando melhorias na interface gráfica e facilitando o acesso a ferramentas e dicas sobre o assunto, e sua nova Central de Segurança tem tudo a ver com isso. A novidade chega nesta quarta-feira (22) para todo mundo e traz mudanças significativas para proteção de contas e dispositivos — algo muito bem-vindo em tempos de alta do cibercrime em todo o mundo.

A maior diferença é que, agora, todos os produtos do ecossistema do Google ficam alinhados em um “balcão virtual”, em que os usuários podem acessar cada frente para aumentar a proteção dos dados e entender como a segurança funciona; e, dessa forma, evitar que as informações sejam obtidas ilegalmente.

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“O que mais motiva essa mudança é a vontade do Google de deixar o usuário no controle. Ela veio para incluir recursos e mais dicas, em um ‘balcão’ que permite aos usuários encontrar em um só lugar tudo o que ele quer. Ela vem facilitar o uso das configurações de privacidade e segurança, incluindo também mais dicas”, explica Alê Borba, analista de segurança do Google, em entrevista exclusiva para o Canaltech.

“Todo o processo de desenvolvimento do que criamos no Google segue três princípios fundamentais: construímos uma das infraestruturas de segurança mais avançadas do mundo para que nossos produtos sejam protegidos por padrão; respeitamos estritamente as práticas responsáveis de dados, para que cada produto que construímos seja privacy by design, ou seja, que siga padrões altos de privacidade desde a sua concepção; e criamos configurações de privacidade e segurança fáceis de usar para que o usuário esteja no controle das suas próprias informações”, frisa Alê.

Principais novidades

Para começar, logo de cara já é possível notar que todos os principais produtos do ecossistema Google estão listados lado a lado na interface principal. A partir dali, você pode entrar em cada seção para definir melhor a privacidade e segurança de cada frente — lembrando, claro, que é preciso estar logado no perfil desejado para realizar as alterações.

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A Verificação em duas Etapas tem agora um acesso dedicado com o passo a passo, o que é muito importante, já que essa é a principal camada extra de defesa indicada para todos — e é a principal dica sugerida para quem não é muito habituado a esse tipo de configuração. Vale destacar que, na pandemia, muita gente passou a usar os dispositivos e contas com mais frequência. E os cibercriminosos também começaram a se aproveitar mais dos usuários que não costumam acrescentar mais uma barreira de proteção.

A Verificação de Segurança e o Check-Up de Privacidade também merecem destaque. A primeira permite a você desconectar contas logadas em aparelhos que não estão mais em uso. E a segunda traz sugestões importantes, como a exclusão automática de atividades na web e de apps, assim como o histórico de localização ou do YouTube, por exemplo.

“Além disso, não estamos não estamos preocupados somente com a segurança das contas do Google, mas também com a segurança geral da Internet. A Verificação em Duas Etapas não é importante só para o Google, mas também para os outros serviços. Nosso Gerenciador de Senhas é sincronizado com os vazamentos de dados e avisa se o perfil está em algum deles; e também testa suas senhas, para verificar se elas são fracas, e sugere outras combinações”, destaca Alê.

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Google Maps anônimo e Google Fotos com pasta trancada

Duas adições recentes também ganharam uma seção especial na nova Central de Segurança do Google. No Google Maps, o usuário agora tem a opção para ativar o Modo de Navegação Anônima, que não salva históricos de navegação e pesquisa na conta, nem envia notificações; assim como também não atualiza os rastros de localização ou locais compartilhados.

Em termos de privacidade, os mapas podem até mostrar se um restaurante ou supermercado está mais ou menos cheio, mas a ferramenta não vai identificar quem exatamente passou por ali, justamente para proteger os dados das pessoas.

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Já o Google Fotos ganhou uma opção que inicialmente estava disponível apenas nos celulares Pixel 3 ou mais recentes: a Pasta Trancada, que permite ao usuário salvar fotos e vídeos em uma pasta protegida por senha, sem que ela fique visível na biblioteca do app.

Vale destacar que a Central de Segurança também abrange os serviços de navegação segura para 4 bilhões de dispositivos e o Gmail, que, segundo a empresa bloqueia mais de 100 milhões de tentativas de phishing diariamente.

O usuário também precisa fazer a sua parte

Muitas dos problemas envolvendo segurança e privacidade acontecem pela desatenção do usuário ou pela falta de conhecimento sobre suas ações na web. Golpes envolvendo engenharia social, por exemplo, aproveitam-se de várias informações disponíveis na própria web. Então, o Google também dedica boa parte de sua nova Central de Segurança para a educação dos internautas sobre os assuntos.

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“A última geração que provavelmente viveu sem Internet tem mais de 30 anos de idade, e, muitas vezes, por pensarem que os mais jovens entendem mais de tecnologia, muitas das pessoas mais velhas deixam de dar orientações. Assim, os pais jogam a responsabilidade de se proteger sobre os adolescentes, que podem até saber melhor como usar a tecnologia, mas não têm a experiência de diferenciar os perigos, da web, como fraudes e golpes”, comenta Alê.

Por isso, a nova Central de Segurança se dedica a distribuir mais dicas em todas as interfaces de configuração. As empresas têm muita responsabilidade em definir padrões de segurança, mas os usuários precisam estar cientes de que suas ações podem facilitar as ações de criminosos. Então, de acordo com o analista de segurança, há uma constante preocupação em educar os usuários, inclusive em parceria com instituições.

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E como essa nova Central de Segurança deve se comportar com relação à evolução constante dos crimes? “Assim como o céu é o limite para as coisas boas da tecnologia, também é para as coisas ruins. É um jogo de gato e rato. Assim como estamos tentando evitar que alguém tenha acesso a dados de forma ilegal, sempre tem alguém tentando burlar. Então, o desafio é estar à frente desses maus atores”, conclui Alê.