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Maioria dos brasileiros não sabe como os próprios dados são coletados

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Março de 2023 às 18h20

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Maioria dos brasileiros não sabe como os próprios dados são coletados
Maioria dos brasileiros não sabe como os próprios dados são coletados

Apenas baixar um aplicativo e o abrir no celular já é suficiente para que seus dados, seja de forma restrita ou mais abrangente, sejam compartilhados com os responsáveis pela solução. Mas a maioria dos brasileiros não sabe disso, com um estudo realizado pela empresa de cibersegurança Kaspersky colocando o nosso país com o menor nível de conscientização sobre privacidade de toda a América Latina.

De acordo com o levantamento, apenas 13% dos brasileiros sabem que seus dados podem ser coletados por aplicativos. Em um dado no sentido inverso, quase um em cada quatro usuários daqui acreditam que as próprias informações são excluídas quando um software do tipo é fechado — um total de 24% que mostra, também, desconhecimento sobre como funcionam as dinâmicas de compartilhamento e utilização de telemetria pelas empresas de tecnologia.

Acima disso tudo, o estudo da Kaspersky demonstrou que 40% dos brasileiros não sabem como tais corporações coletam seus dados, o que significa, também, que desconhecem como podem zelar melhor pela própria privacidade. “As pessoas não compreendem o valor das informações pessoais e isso acaba refletindo em um baixo nível de proteção”, afirma Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil.

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Na visão da empresa, há também uma deficiência do poder público nesse tratamento, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tendo termos claros sobre as salvaguardas dos usuários e as responsabilidades das empresas, mas sem trabalhar de forma informativa. “[A norma] não cobre de maneira correta a educação do cidadão. Infelizmente, vimos apenas uma corrida para conseguir autorizações dos consumidores, que o fizeram de forma automática”, aponta Rebouças.

Isso se reflete em outro resultado do estudo, com a maioria dos usuários não apenas do Brasil, mas de toda a América Latina, não sabendo como evitariam a coleta de seus dados. Enquanto se preocupam com o mau uso de informações dos filhos, aspecto mais apontado pelos consultados, eles indicam que não permitiriam acesso às suas informações por uma empresa que foi atingida por vazamento; entretanto, não enxergam como poderiam dar essa negativa.

Em caso de exposição, a mudança de senhas de e-mail, redes sociais, aplicativos e sites de comércio eletrônico é a medida mais tomada pelos usuários. Curiosamente, a mesma atenção foi dada como prioridade ao internet banking somente pelos argentinos, enquanto brasileiros e colombianos foram os cidadãos com maior conhecimento sobre leis de proteção de dados.

Como medida de segurança principal, a Kaspersky recomenda a leitura com atenção de termos de uso e notificações de apps, principalmente aquelas que envolverem pedidos de autorização para uso de dados, localização e outros aspectos. É importante refletir se a solicitação faz sentido com o uso do software e somente aceitar caso a resposta seja positiva.

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É importante também prestar atenção a sites acessados e buscar sinais de má intenção, como erros de ortografia ou URLs diferentes das oficiais, principalmente quando as páginas solicitarem informações pessoais ou financeiras. Elas devem ser inseridas apenas quando o usuário tiver certeza de estar acessando um serviço legítimo, caso contrário, os dados podem ir direto para as mãos dos bandidos.