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Lista dos EUA com 2 mi de suspeitos de terrorismo ficou exposta durante semanas

Por| Editado por Claudio Yuge | 17 de Agosto de 2021 às 21h30

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Divulgação/Tumisu/Pixabay
Divulgação/Tumisu/Pixabay

Uma lista secreta contendo 2 milhões de nomes de supostos terroristas vigiados pelos Estados Unidos ficou disponível publicamente na internet durante duas semanas sem nenhuma proteção que impedisse seu acesso. A descoberta foi realizada pelo especialista em segurança Volodymyr “Bob” Diachenko, que percebeu que o documento poderia ser acessado por qualquer pessoa entre os dias 19 de julho de 9 de agosto.

O documento, que mostra alvos de interesse para os Estados Unidos, pode ter sido elaborado pelo Terrorist Screening Center (TSC), um centro formado por várias agências do país gerenciado pelo FBI. Embora o Departamento de Segurança Nacional tenha confirmado o incidente a Diachenko após um aviso dado pelo pesquisador, até o momento não há detalhes sobre o que gerou a situação.

Em seu LinkedIn, Diachenko afirmou que teve acesso à lista de vigilância após ela ter sido indexada pelos sistemas de busca Censys e Zoomey. “O servidor exposto foi retirado do ar três semanas depois, no dia 9 de agosto de 2021. Não está claro por que eles demoraram tanto, e eu não sei com certeza se alguma entidade não autorizada teve acesso a ele”, explicou.

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Lista pode expor pessoas inocentes

O pesquisador afirma que não sabe a quantidade de dados da TSC que foram expostos, mas a grande quantidade de nomes o faz acreditar que o documento pode se tratar da lista completa de vigiados pelo governo. Entre as informações que podiam ser acessadas estava nome completo, a identidade da pessoa no sistema da TSC, cidadania, gênero, data de nascimento, número do passaporte (e país de emissão) e se a pessoa tinha um indicador que a proibia de embarcar em voos para os Estados Unidos.

Apesar de os dados se referirem a informações do governo norte-americano, Diachenko aponta que o endereço de IP que os hospedava estava localizado em Bahrein, país do Oriente Médio. A lista elaborada pelos EUA traz somente nomes suspeitos de terrorismo, mas que não necessariamente foram acusados de nenhum crime, e que podem muito bem ser inocentes.

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“Nas mãos erradas, essa lista poderia ser usada para oprimir, assediar ou perseguir pessoas e suas famílias. Ela poderia causar um número vasto de problemas pessoais e profissionais para pessoas inocentes cujo nome foi incluído na lista”, alerta o pesquisador. Ele também alerta que, entre os nomes vazados, podem estar identidades de informantes que colaboraram com o país norte-americano no passado.

Fonte: Volodymyr “Bob”Diachenko