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Juiz federal inclui cibercriminoso brasileiro em lista de procurados da Interpol

Por| Editado por Claudio Yuge | 19 de Outubro de 2021 às 21h20

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Reprodução/JusBrasil
Reprodução/JusBrasil

Selmo Machado da Silva, de 46 anos, passou a ser procurado pela Interpol, conforme decisão do juiz federal, Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Ele é réu por seu envolvimento em uma tentativa de golpe à Justiça Federal de São Paulo, e está foragido desde julho. 

Selmo junto de Diego Guilherme Rodrigues, de 38 anos, são acusados de fraudar documentos públicos do Judiciário federal paulista. Em duas ações, eles mudaram decisões judiciais na tentativa de que pagamento indenizatório de terceiros fosse feito na conta bancária de Diego, totalizando R$ 874.489,69, que só não foi repassado para os criminosos por conta de uma investigação aberta a partir do momento em que a diretora da secretaria que poderia ter sido responsável pela movimentação afirmou não lembrar da mudança. 

Após a identificação de Selmo, a Polícia Federal verificou que o réu também havia realizado modificações indevidas em seis processos criminais federais aos quais já respondia, totalizando oito acusações. Nos seis casos anteriores, o réu alterava pareceres de procuradores regionais da república para mudar pedidos de condenação para pedidos de absolvição. Diego só responde às duas tentativas de fraude em pagamentos indenizatórios de terceiros, e está preso desde julho.

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Inclusão na Difusão Vermelha

A decisão do juiz federal Ali Mazloum incluí Selmo Machado da Silva na Difusão Vermelha, lista que representa, para os nomes inclusos, a possibilidade de efetuação de prisão caso sejam encontrados em qualquer um dos 194 países membros da Interpol.  O mesmo juíz foi quem aceitou, no dia 3 de julho, a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) que resultou na prisão de Guilherme e em Selmo sendo considerado foragido pela Justiça. 

A decisão que incluiu o foragido na Difusão Vermelha entrou em vigor em 7 de outubro. Na última sexta-feira (15), o advogado de Selmo, Matheus Pelzl Ferreira, participou da audiência de instrução e julgamento do caso, mas não apresentou nem o réu e nem testemunhas que pudessem colaborar com a defesa.

Fonte: Campo Grande News, Metrópoles