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Idosa perde US$ 20 mil em golpe do QR code; casos também se acumulam no Brasil

Por| Editado por Wallace Moté | 10 de Maio de 2023 às 13h29

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the blowup/Unsplash
the blowup/Unsplash

Uma idosa perdeu US$ 20 mil, cerca de R$ 100 mil, após cair em um golpe envolvendo falso QR code. Aconteceu em Singapura, onde a mulher de 60 anos de idade acabou baixando um aplicativo malicioso para o celular, que realizou transferências a partir de sua conta bancária, depois de escanear um código promocional em uma loja de bubble tea.

A vítima não foi identificada, mas disse que o QR code estava na vitrine do estabelecimento, com a oferta de uma bebida gratuita em troca do cadastro em um programa de fidelidade. A partir do escaneamento, ela foi induzida a baixar um aplicativo que efetivamente trazia informações sobre a oferta. Durante a noite, porém, ela notou que a tela do celular havia sido ativada e, ao verificar, notou a realização de transferências a partir de sua conta bancária.

A fraude foi relatada pela imprensa local como forma de alerta sobre a alta de golpes utilizando QR codes. O aviso é compartilhado pelas autoridades policiais de Singapura, que já havia notificado os cidadãos, em abril, sobre o uso desse tipo de tecnologia para a contaminação de celulares com vírus que roubam dados pessoais e credenciais bancárias — foi o que aconteceu com a idosa, provavelmente. Segundo a polícia do país, apenas neste ano, já foram mais de 100 vítimas registradas, com perdas de mais de US$ 445 mil, ou aproximadamente R$ 2,2 milhões.

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O alerta é compartilhado por outras agências de segurança globais. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, foram registrados casos de falsas multas ou notificações de trânsito sendo aplicadas a motoristas, com QR codes fraudulentos que induzem as vítimas a realizarem pagamentos. As páginas acessadas pelos códigos simulam o site das autoridades, acessados a partir de encurtadores de URL e sistemas de pagamento legítimos.

Em um caso visto nos EUA, os criminosos apostaram na urgência para fazer vítimas, com a notificação devendo ser paga de forma rápida para que o valor de US$ 60, aproximadamente R$ 300, fosse mantido; ele subia para US$ 80, cerca de R$ 400, após 30 dias e chegava a US$ 100, mais de R$ 500, em 45 dias. Um erro primário, entretanto, foi cometido: a falsa multa foi recebida pelo motorista em 4 de maio, mas o tíquete indicava que foi emitida no dia seguinte.

No Brasil, golpes desse tipo estão na mira desde 2021. Há dois anos, o Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu seu primeiro alerta sobre um golpe que usava QR codes para obter dados de cartões de crédito, enquanto no mesmo ano, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) avisou sobre o uso dos códigos em boletos falsos. As cobranças eram recebidas através de aplicativos de mensagens.

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Como se proteger de golpes com QR codes falsos?

Segundo dados da empresa de cibersegurança Kaspersky, o Brasil é o segundo país com maior incidência de fraudes envolvendo QR codes. Por aqui, um dos principais focos é o Pix, com os criminosos usando os códigos para obter transferências em nome de agências do governo, marcas ou empresas, com boletos ou notificações que costumam ser disseminadas por apps de mensagem ou e-mail.

Ficar atento a cobranças que cheguem por estes meios, então, é o primeiro passo. Desconfie de notificações ou multas indevidas, bem como indicações de que o pagamento precisa ser feito com urgência. Caso siga adiante, sempre confira se as informações do destinatário condizem com a do serviço a ser pago; dados de uma pessoa física em uma cobrança que teria sido feito por uma empresa, por exemplo, é um sinal de problema.

Ao menor sinal de dúvida, evite realizar o pagamento ou transferência, buscando o atendimento para confirmar se a cobrança é real. Use sempre meios oficiais para fazer isso e interrompa imediatamente o contato caso encontre qualquer sinal de fraude. Caso já tenha passado informações ou realizado transferências, informe ao banco ou emissora do cartão e fique de olho em extratos e faturas para detectar eventuais transações suspeitas.

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Com informações do Bleeping Computer.