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Homem invade contas do iCloud e rouba mais de 620 mil nudes

Por| Editado por Claudio Yuge | 24 de Agosto de 2021 às 23h20

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Divulgação/Apple
Divulgação/Apple

Um morador da cidade norte-americana de La Puente, perto de Los Angeles, confessou ter invadido milhares de contas do iCloud, sistema da nuvem da Apple. Hao Kuo Chi, de 40 anos, roubou mais de 620 mil fotografias privadas da plataforma, que foi acessada ilegalmente em busca de imagens de jovens mulheres nuas.

Segundo o Los Angeles Times, Hao concordou em se declarar culpado em quatro acusações, incluindo ter participado de uma conspiração para ganhar acesso não autorizado a um computador. Para ganhar acesso às contas, o homem — que também se identifica como David — se passava como um funcionário que trabalhava no atendimento ao cliente da Apple.

Com isso, ele conseguia convencer suas vítimas a fornecer informações sensíveis, incluindo endereços de e-mail, Apple IDs e as senhas usadas para acessar os sistemas da empresa. Aos promotores federais da cidade de Tampa, na Flórida, ele reconheceu ter prejudicado pelo menos 306 vítimas ao redor dos Estados Unidos, a maioria delas mulheres jovens.

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Além de obter os materiais para uso próprio, Hao também vendia seus serviços pela internet, onde se identificada como “icloudripper4you” e afirmava ser capaz de invadir qualquer conta do iCloud. Ele se comunicava com um parceiro através de um serviço de e-mail criptografado, em mensagens nas quais comemorava quando conseguia invadir perfis que continham as fotos e os vídeos desejados.

Impacto pode ter sido ainda maior

A investigação sobre as atividades também envolveu o FBI, que descobriu que o acusado usava dois endereços do Gmail para enganar vítimas que tentavam recuperar informações do iCloud: “applebackupicloud” e “backupagenticloud”. A organização afirmou ter encontrado mais de 500 mil mensagens de e-mail nas contas, sendo que pelo menos 4,7 mil continham logins e senhas que garantiam acesso ao serviço.

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Na conta do Dropbox pertencente a Hao foram encontradas 620 mil fotografias e 9 mil vídeos organizados de forma a determinar se eles representavam uma “vitória” ou não na intenção de obter materiais que traziam nudes. Os golpes começaram a ser aplicados em 2018, e foram detectados após uma celebridade prejudicada ter suas imagens íntimas armazenadas no sistema da Apple vazadas na internet.

A investigação mostrou que a conta do iCloud comprometida havia sido acessada em um endereço de IP na casa do criminoso, na cidade de La Puente. Além de investigar suas atividades no iCloud, Dropbox e Gmail, os investigadores do FBI também vasculharam seu comportamento no Facebook na Charter Communications, empresa que fornece serviços de internet, televisão a cabo e telecomunicações.

Ao Los Angeles Times, Hao afirmou que sequer sabia quem estava envolvido no roubo dos documentos junto com ele, e que está envergonhado dos crimes que cometeu. Ele também teme que a exposição pública de suas ações pode ter “arruinado sua vida” e prejudicado sua família.

Fonte: LA Times