Alerta: grupos de Pix que viralizam no WhatsApp podem ser esquema de pirâmide
Por Felipe Gugelmin | Editado por Claudio Yuge | 09 de Junho de 2021 às 19h30
Nova ação viral que se espalha pelo WhatsApp, os chamados Grupos de PIX atraem novos usuários com a promessa de ganhos financeiros rápidos — e podem se tratar de um esquema pirâmide. Quem faz o alerta é o Banco Central, responsável pela tecnologia que chegou ao mercado brasileiro em novembro de 2020.
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Divulgados por influenciadores em redes como Twitter e TikTok, o sistema é baseado na transferência de valores entre R$ 1 e R$ 5 para “anfitriões” de grupos do WhatsApp. Depois de realizar a transação, o participante é promovido a “administrador” e pode iniciar um novo grupo onde atrai amigos e desconhecidos para coletar pagamentos feitos por eles.
Segundo o site Poder360, a suposta brincadeira já teve mais de 22,6 milhões de visualizações no TikTok e estourou a bolha do aplicativo. A partir do dia 6 de junho, houve um grande aumento nas pesquisas relacionadas ao assunto no Google, com picos na madrugada do dia seguinte — entre os assuntos relacionados estão “crime” e “esquema de pirâmide”.
Em um comunicado enviado ao site, o Banco Central afirmou que o PIX, assim como outros métodos de pagamento, também está suscetível a golpes. A recomendação é evitar entrar em grupos e denunciá-los a autoridades policiais que possuem a competência legal para coibir esse crime em potencial.
TikTok se posiciona oficialmente
O TikTok já atuou na remoção de diversos vídeos relacionados ao tema e chegou a bloquear o uso da hashtag PIX entre seus criadores de conteúdo. O Canaltech entrou em contato com os responsáveis pelo aplicativo, que enviaram o seguinte posicionamento oficial:
Não permitimos conteúdo que promova ou incentive atividades ilegais no TikTok. Nossa principal prioridade é garantir que a plataforma seja um lugar seguro para todos. Por isso, trabalhamos constantemente para detectar e remover conteúdo que viole nossas Diretrizes da Comunidade.
O Canaltech também entrou em contato com as assessorias nacionais do WhatsApp e do Twitter para saber o posicionamento das empresas sobre esses esquemas. Assim que obtivermos uma resposta, atualizaremos esta matéria.
Fonte: Poder360