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Golpes com Pix? Santander anuncia seguro com planos a partir de R$ 10 mensais

Por| Editado por Claudio Yuge | 21 de Outubro de 2021 às 21h30

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André Magalhães/Canaltech
André Magalhães/Canaltech

O Pix, desde seu lançamento em novembro de 2020, modificou completamente a forma que o brasileiro lida com pagamentos e transferências. A popularidade do serviço, porém, também causou o surgimento de uma enorme onda de crimes financeiros, chamados de Golpes do Pix, que envolvem desde fraudes e furtos, até roubos e sequestros.

O governo e as instituições têm trabalhado para diminuir os crimes, que também abrem oportunidades de proteção com serviços que acompanham a movimentação do mercado. Nesta quinta-feira (21), o banco Santander anunciou a criação de planos de seguro para transações via Pix, que, além de proteger seus clientes, também surge como um novo produto para o seu portfólio.

A novidade do Santander tem o nome de Seguro Transações e será disponibilizada em três planos, com mensalidades de R$ 9,99, R$ 18,99 e R$ 24,99; e indenizações de R$ 3,5 mil, R$ 8 mil e R$ 20 mil, respectivamente. O programa cobre os clientes que, sob coação, realizaram transferências através de Pix, DOC, TED e TEF. 

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O Seguro Transações também inclui indenizações ao cliente em casos de roubo de bens que tenham sido adquiridos com o Pix Santander dentro de sete dias após seu recebimento, com valores que variam de R$ 1 mil a R$ 3 mil, dependendo do plano assinado.

O novo serviço do Santander será disponibilizado para todos os correntistas até novembro, e a adesão poderá ser feita pelo aplicativo do banco ou em qualquer caixa eletrônico da instituição. Inicialmente, só pessoas físicas poderão se inscrever no programa. 

Vale frisar que o Santander não é a única plataforma que anunciou um seguro de Pix. O Mercado Pago também disponibilizará opções de indenização aos clientes, cobrindo os casos em que transferências são realizadas a partir de coação. 

Seguro chega em bom momento

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As opções de seguro para transações via Pix chegam no momento em que os crimes envolvendo a plataforma de pagamento do Banco Central estão em alta, com a autoridade financeira procurando novas formas de proteger os usuários do serviço. 

Desde que os golpes começaram a ser relatados, o Banco Central vem tomando medidas para tentar evitar os crimes. No final de agosto, após constantes pedidos de grupos financeiros, a instituição anunciou um conjunto de ações para tornar o uso do PIX mais seguro. As soluções passaram a vigorar no começo de outubro:

  • Limite de R$ 1 mil para soma das operações realizadas via Pix no período noturno (das 20 horas às 6 horas), incluindo transferências dos tipos: intrabancárias, PIX, cartões de débito e liquidação de TEDs;
  • Oferecer aos clientes a possibilidade de reduzir ou aumentar os seus limites do sistema Pix para os períodos diurno e noturno. A redução tem efeito imediato, enquanto o aumento levará de 24 horas a 48 horas para ser efetivado;
  • Disponibilização funcionalidade que permite cadastrar previamente contas que poderão receber Pix acima dos limites estabelecidos;
  • Prazo mínimo de 24 horas para que o cadastramento prévio de contas por canal digital produza efeitos, impedindo o registro imediato em situação de risco;
  • Prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para a efetivação de pedido de aumento de limites de transações com meios de pagamento feitos por canal digital, (TED, DOC, transferências intrabancárias, Pix, boleto, e cartão de débito);
  • Permitir que usuários do Pix possam reter uma transação por 30 minutos durante o dia ou por 60 minutos durante a noite para a análise de risco da operação; 
  • Exigir histórico comportamental e de crédito para que empresas possam antecipar recebíveis de cartões com pagamento no mesmo dia.

Além dessas medidas, o Banco Central anunciou novas funções de segurança na plataforma de pagamentos instantâneos, que entram em vigor em 16 de novembro:

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  • Bloqueio cautelar: o banco pode bloquear o recebimento de recursos preventivamente por até 72 horas em caso de suspeita que a conta beneficiada seja usada para fraudes. Nesse período, a instituição financeira deve fazar uma análise cuidadosa para aumentar a chance de recuperação dos recursos por vítimas de crime. Sempre que o fizer, a entidade deve comunicar o cliente imediatamente;
  • Notificação de infração: bancos podem marcar a chave Pix, no CPF/CNPJ do usuário e no número da conta, quando houver "fundada suspeita de fraude". Essa notificação é obrigatória e deve ser compartilhada com outras instituições financeiras para ampliar a prevenção a fraudes;
  • Ampliação do uso de informações para prevenção a fraudes: uma nova funcionalidade permitirá a consulta de informações da chave Pix. Assim, notificações de fraudes estarão disponíveis a todos os participantes da rede e eles poderão utilizá-las, por exemplo, para aceitar a abertura de contas;
  • Mecanismos adicionais para proteção dos dados: os procedimentos adotados pelos bancos devem ser, no mínimo, iguais àqueles implementados pelo Bacen. As instituições financeiras terão de definir, ainda, procedimentos de identificação e de tratamento de casos em que ocorram consultas excessivas de chaves Pix.

 

Fonte: Monitor do Mercado