Golpe da Mão Fantasma: 7 dicas de como se proteger
Por Kaique Lima • Editado por Claudio Yuge |
A fraude conhecida como “Golpe da Mão Fantasma” tem se popularizado e colocado cada vez mais as autoridades em alerta. Neste tipo de crime, o celular da vítima é invadido após a instalação de um malware que permite que os golpistas acessem o aparelho e vasculhem o dispositivo, conseguindo senhas que permitem a utilização dos aplicativos dos bancos e roubo de dinheiro.
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A fraude chega a ser cruel, permitindo que a vítima veja sua conta bancária sendo esvaziada em tempo real. A instalação do malware ocorre após campanhas de phishing, em que os correntistas dos bancos são convencidos a realizar uma atualização falsa dos aplicativos de seus bancos, ou instalarem plugins adicionais falsos, que seriam para aumentar a segurança dessas aplicações.
Golpe da Mão Fantasma fez mais de 40 mil vítimas
Após acessarem o dispositivo das vítimas, os criminosos pesquisam pelas senhas armazenadas pelos próprios aplicativos e sites para acessarem os apps dos bancos. Quando acessam, eles realizam transações fraudulentas, como pagamentos de boletos falsos, transferências para contas de laranjas e solicitações de empréstimos.
Segundo a Polícia Federal, cerca de mil pessoas já caíram no golpe da mão fantasma no Brasil, porém, algumas dicas até que simples podem ajudar a evitar cair nesse tipo de fraude. Algo que é muito importante saber é que o banco nunca liga para o cliente e nem solicita a instalação de nenhum app adicional para segurança.
Dicas para não cair no Golpe da Mão Fantasma
1- Nunca confie em ligações recebidas, mesmo que a pessoa diga que trabalha no banco e faça algumas confirmações de dados. Se tiver dúvida, entre em contato com seu banco pelo telefone atrás do cartão ou dirija-se até a agência;
2- Não instale aplicativos que você não conhece em seu aparelho, principalmente se você não conhecer a fonte. Se o app vier de fora da loja oficial de aplicativos oficial do seu celular, nunca instale o software;
3- Tenha cuidado com suas senhas e informações, evite anotá-las em um grupo só com você no WhatsApp, por exemplo, ou em aplicativos como o bloco de notas, já que isso facilita a visualização da credencial em caso de invasão do aparelho;
4- Sempre monitore sua conta-corrente e troque as senhas de sites sensíveis e aplicativos bancários. Além disso, nunca use uma mesma senha para mais de um site, seja ele de compra, bancos ou qualquer outros, como redes sociais;
5- Use os recursos de segurança disponibilizados pelos bancos para confirmar transações, como a autenticação de dois fatores. Também é importante ativar esse tipo de mecanismo de segurança para acessar apps de redes sociais e trocas de mensagens, como Instagram e WhatsApp;
6- Evite acessar aplicativos de bancos em redes WiFi públicas, como de hotéis, shoppings e aeroportos. Acessar esse tipo de rede pode facilitar a ação de invasores. Também utilize gerenciadores de senhas e cofres com as credenciais;
7- Se mesmo seguindo essas dicas você acabar caindo no golpe da mão fantasma, procure imediatamente seu banco e a polícia para abertura de um boletim de ocorrência.
Fonte: Estadão