FBI alerta sobre QR codes sendo usados para roubar dados e instalar malware
Por Felipe Demartini | Editado por Claudio Yuge | 24 de Janeiro de 2022 às 21h30
Criminosos estão manipulando QR codes legítimos, usados por estabelecimentos presenciais ou online, para roubar dados, furtar pagamentos ou instalar malware. O alerta foi feito pelo FBI dirante da proliferação desse tipo de método para transferência de dinheiro pelos negócios dos Estados Unidos, uma tendência que, claro, já chamou a atenção dos golpistas para fins maliciosos.
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O aviso das autoridades americanas fala em diferentes tipos de ataques. Páginas falsas, com a aparência das reais, podem ser usadas para roubo de dados de login ou informações pessoais a partir de cadastros. Em outros casos, o QR code possibilita a transferência de valores para contas pertencentes ao golpistas, enquanto o convite a baixar aplicativos pode levar as vítimas a instalarem softwares perigosos em seus smartphones.
No comunicado, o FBI pede cautela dos usuários na hora de utilizar soluções desse tipo, que não são maliciosas por natureza, mas podem esconder manipulações. O ideal, apontam as autoridades, é sempre prestar atenção na URL acessada e evitar o download de arquivos ou aplicativos a partir dos códigos QR. Ainda, o ideal é sempre usar a câmera do próprio smartphone, em vez de apps de leitura desenvolvidos por terceiros, que também podem ser comprometidos ou manipulados.
Melhores práticas de segurança contra ameaças em QR code, e em geral
A agência aproveita para reforçar melhores práticas de segurança que envolvem, também, o recebimento dos códigos por e-mail em nomes de supostos contatos comerciais ou negociações em andamento. São práticas comuns em mensagens e e-mails de phishing, com a tecnologia servindo para ocultar links maliciosos ou elementos que, muitas vezes, poderiam ser bloqueados por soluções usuais de segurança.
Esta é a segunda vez que o FBI emite alerta sobre riscos envolvendo o uso de QR codes. Em novembro, as autoridades americanas avisaram sobre a colocação de códigos por criminosos em caixas eletrônicos, também como forma de furtar credenciais ou obter a transferência de valores. Golpes envolvendo criptomoedas também estariam utilizando o recurso, principalmente durante a realização de pagamentos ou transferências para câmbios e corretoras.
No início de janeiro, os especialistas em segurança da Kaspersky também fizeram alerta semelhante, com foco no Brasil. Por aqui, serviços de streaming recheados de conteúdo, boletos falsos e contas em nome de operadoras de telefonia estão sendo usados como vetores, com a promessa de um falso desconto de 5% para pagamento via Pix sendo a principal isca para induzir vítimas a realizarem a transferência de valores, que vão direto para as contas dos criminosos.
Fonte: FBI