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EUA alertam para alta nos roubos de criptomoedas em plataformas DeFi

Por| Editado por Claudio Yuge | 30 de Agosto de 2022 às 17h20

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Quantitatives/Unsplash
Quantitatives/Unsplash

As plataformas de finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) voltaram a ser o assunto no meio da cibersegurança, desta vez como parte de um alerta do FBI. No comunicado, a agência aponta para um aumento na busca por vulnerabilidades em contratos inteligentes pelos bandidos, que visam o furto de criptomoeda e a aplicação de golpes em empresas e usuários do setor.

O alerta acompanha uma cifra alarmante. De acordo com dados do governo americano, apenas entre janeiro e março de 2022, foram roubados US$ 1,3 bilhão (R$ 6,6 bilhões) em criptomoedas, sendo que 97% desse montante foi desviado a partir de plataformas DeFi. É um aumento de 72% em relação ao que foi registrado no mesmo período do ano passado.

Entre as explorações mais comuns a partir destas brechas estão o uso de falhas na verificação de assinaturas digitais pelas pontes, usadas para drenar todos os fundos de uma conta, ou problemas na emissão e autorização de contratos inteligentes. Fora das plataformas, vulnerabilidades também estariam sendo usadas para manipular preços de criptomoedas ou ataques voltados aos sistemas de checagem das plataformas, de forma a permitir transferências fraudulentas.

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A complexidade desses sistemas conectados é a chave para as vulnerabilidades e, também, para o maior interesse dos criminosos nos sistemas descentralizados, que também acompanha a movimentação crescente no mercado de criptomoedas. Isso vale, inclusive, para agentes ligados a estados-nação, que são motivo de atenção constante do governo dos Estados Unidos.

Como as investigações encontraram os responsáveis pelos roubos de criptomoedas?

Em abril, por exemplo, as autoridades americanas ligaram o ataque à ponte do game online Axie Infinity ao grupo cibercriminoso Lazarus, uma das principais quadrilhas ligadas ao regime da Coreia do Norte. As perdas foram calculadas em US$ 625 milhões (R$ 3,1 bilhões), no maior roubo de criptomoedas registrado na história e, também, responsável pelo valor exorbitante citado pelo FBI em seu relatório.

O alerta é voltado, principalmente, aos investidores nos ativos digitais, que devem conhecer os riscos de trabalhar com finanças descentralizadas e preferir nomes conceituados e reconhecidos do setor. A recomendação é de cautela no aporte financeiro e, em caso de dúvidas ou falta de conhecimento técnico, a busca por alternativas ou aconselhamento profissional.

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Às empresas, a recomendação é quanto à aplicação de auditorias e sistemas de verificação de códigos mais restritos, por firmas independentes. O mesmo também deve valer para os próprios contratos inteligentes, enquanto plataformas de desenvolvimento e programação colaborativa também devem ser monitoradas em busca de atividades suspeitas ou tentativas de intrusão.

Fonte: FBI