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Finanças descentralizadas são favoritas dos cibercriminosos no mercado cripto

Por| Editado por Claudio Yuge | 11 de Julho de 2022 às 13h20

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Envato/oneinchpunchphotos
Envato/oneinchpunchphotos

Segundo estudo publicado pela BestBrokers, uma casa de análises especializada no mercado financeiro, o setor de finanças descentralizadas (DeFi) foi o segmento cripto favorito dos cibercriminosos. Os graves problemas de segurança, proporcionaram aos criminosos digitais o ambiente perfeito para acessar o grande volume de capital transacionado nesse segmento. Números de casos de ciberataques diminuiu em 2022, mas, em compensação, os valores roubados aumentou.

Segundo o site DeFi Pulse, um portal que acompanha os indicadores sobre o mercado de finanças descentralizadas, o Valor Total Bloqueado (TVL, na sigla em inglês) em protocolos DeFi chegou a atingir o pico de US$ 157 bilhões (R$ 825 bilhões) em 2021. No ano de 2022 o valor total mantido nas plataformas do setor foi de US$ 98 bilhões (R$ 488 bilhões).

Os seis primeiros meses do ano tiveram um número relativamente baixo de ciberataques no mercado de criptomoedas, até agora houve cerca de 64 casos de violações de segurança registrados.

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No ano passado foram 251 ataques e um total de US$ 3,2 bilhões (R$ 16 bilhões) foram saqueados no mercado cripto. Mas nesses seis primeiros meses de 2022 com apenas 64 casos registrados, cerca de US$ 1,7 bilhão (R$ 8,9 bilhões) foi roubado.

A média de roubada nos cibercriminosos foi de US$ 26,6 milhões (R$ 142,3 milhões) em comparação com US$ 12,9 milhões (R$ 69 milhões) no ano passado. Um aumento de 206%, de 2021 para 2022. O ano de 2020 a média roubada foi de US$ 5 milhões (R$ 26,7 milhões).

Os pesquisadores da BestBrokes, explicaram que o motivo para o aumento dos valores roubados, é que os cibercriminosos concentraram seus esforços em alvos maiores, e o mercado DeFi se tornou o alvo preferido devido as falhas na segurança do setor. Cerca de 72% de todas as criptomoedas roubadas em 2021 vieram de protocolos de finanças descentralizadas e este ano o número aumentou para 97%.

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O analista de criptomoedas da BestBrokers, Robert Hoffman, explicou que o setor de finanças descentralizadas faz parte de uma corrida para criar um sistema financeiro digital da quarta revolução industrial, segundo ele, nesses casos, alguns aspectos do produto, incluindo a segurança, sofrem por causa da pressa”.

Maiores ciberataques do mercado de criptomoedas

Uma falha nos sistemas de segurança da plataforma Poly Network, permitiu que no dia (10) de agosto de 2021, cibercriminosos pudessem roubar mais de US$ 600 milhões (R$ 3 bilhões) em criptomoedas. O ataque foi considerado na época o maior roubo da história no mercado de moedas digitais.

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No entanto, cerca de duas semanas depois a Poly Network confirmou, que as criptomoedas roubadas foram devolvidas. Especialistas acreditam que o cibercriminoso teve dificuldades em utilizar as moedas digitais roubadas.

Outro cibercrime bem-sucedido foi o ataque a Ronin, uma empresa do mercado de criptomoedas. No dia (29) de março cibercriminosos roubaram quase US$ 615 milhões (R$ 3,2 bilhões) em criptomoedas. Esse ficou registrado como um dos maiores roubos do setor cripto. A empresa é responsável por um dos jogos blockchain mais populares do mundo, o Axie Infinity.

Uma publicação nas plataformas oficias da empresa, explicou como o cibercriminoso conseguiu invadir a plataforma.

Segundo comunicado, foram usadas chaves privadas (senhas) roubadas para acessar as criptomoedas na carteira digital da empresa. Até o momento apenas US$ 5,8 milhões (R$ 30 milhões) dos US$ 615 milhões foi recuperado.

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Outro caso envolvendo grande volume de dinheiro foi o ataque hacker a plataforma Wormhole, uma ponte de comunicação entre a Solana e outras redes blockchain de finanças descentralizadas. Os cibercriminosos conseguiram roubar dia (2) de fevereiro de 2022, cerca de US$ 320 milhões (R$ 1,7 bilhão) em criptomoedas.

No dia seguinte a empresa revelou que conseguiu recuperar as criptomoedas roubadas, mas não deu detalhes de como conseguiu o feito.

Fonte: BestBrokers