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Estudo aponta que brasileiros não acreditam na Lei Geral de Proteção de Dados

Por| 31 de Outubro de 2018 às 12h12

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Estudo aponta que brasileiros não acreditam na Lei Geral de Proteção de Dados
Estudo aponta que brasileiros não acreditam na Lei Geral de Proteção de Dados

Em agosto, foi sancionada a Lei nº 13.709/2018, também conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), após oito anos de discussão e aprovação no Senado em regime de urgência. A legislação visa proteger a segurança digital, mas, após dois meses e meio com a LGPD em vigor, o brasileiro ainda não sentiu confiança na preservação conferida pelo texto legal.

Ao menos é isso o que pode ser inferido do Unisys Security Index 2018, um estudo recorrente sobre as preocupações de usuários de todo o mundo em relação à segurança cibernética. O levantamento ouviu mais de 13 mil consumidores entre 19 de agosto e 3 de setembro em mais de 13 países. No Brasil, cerca de mil usuários foram entrevistados. De acordo com o levantamento estatístico, 58% dos brasileiros entrevistados afirmam não confiar na LGPD.

A legislação obriga tanto organizações públicas quanto privadas a seguirem padrões de segurança da informação para impedir que dados sensíveis de seus usuários caiam nas mãos de terceiros não-autorizados. Segundo a pesquisa feita pela Unisys, a maioria dos brasileiros teme que a lei não venha a beneficiá-los: cerca de 75% dos entrevistados afirmaram que, mesmo com a lei em vigor, sentiam preocupação com a segurança pessoal, ataques de cibercriminosos e malwares.

"O índice de 2018 mostra que os brasileiros continuam seriamente preocupados com a segurança", afirma Eduardo Almeida, presidente da Unisys para a América Latina. "Neste ano, vimos o surgimento da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, um assunto de grande preocupação para os brasileiros, que não se mostraram confiantes com a eficácia da lei. Esse e outros resultados da pesquisa reforçam a tese de que as empresas devem investir continuamente em soluções de segurança para proteger os dados dos consumidores", afirma Almeida.

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Confira, abaixo, outros resultados do estudo para o cenário brasileiro:

  • 53% dos entrevistados apoiam o uso de tecnologia para conferir rapidez e eficiência na Segurança Pública;
  • 73% apoiam a adoção de um documento único de identificação com um ou mais sinais biométricos;
  • 97% se dizem preocupados com o uso indevido de redes sociais para cibercrime;
  • A maioria dos entrevistados é favorável ao uso de dispositivos de Internet das Coisas para alertas de emergência (91%), rastreamento de bagagens (88%), monitoramento da saúde (83%) e pagamentos com cartões de crédito (60%); e
  • Os maiores focos de preocupação dos entrevistados foram a segurança das transações financeiras online (64%), segurança nacional (51%), e capacidade de cumprir encargos financeiros (50%).

O estudo ainda revelou que os brasileiros estão com a cabeça quente quando o assunto é preocupação com a segurança digital. Na escala utilizada para quantificar o receio, que vai de 0 a 300, o Brasil marcou 185 pontos, média superior a de outros sete países ouvidos pelo estudo. Entretanto, a pontuação é quatro pontos menor que a registrada pelo levantamento no ano de 2017, revelando uma discreta melhora do quadro de insegurança. No mesmo período, como comparativo, os índices para a Colômbia e Argentina aumentaram 47 e 23 pontos, respectivamente. A média global é de 173 pontos, idêntica à média de todos os países pesquisados em 2017.

O estudo também revela que, no Brasil, cresce a preocupação com temas como roubo de identidade, golpes e informações financeiras; enquanto os receios com segurança nacional, terrorismo e guerras diminuiram. Segundo o levantamento, as preocupações com segurança nacional são mais vistas em mulheres adultas na faixa dos 25 a 34 anos, assim como pessoas com menor poder aquisitivo.