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Especialistas burlam tecnologia de reconhecimento facial com fotos do Facebook

Por| 22 de Agosto de 2016 às 11h29

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Reprodução
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Tecnologias biométricas têm se tornado cada vez mais populares como ferramentas que garantem a segurança das pessoas. Depois da popularização da tecnologia de leitura de impressão digital, presente atualmente em vários modelos de smartphones, por exemplo, agora é a vez da tecnologia de reconhecimento facial se tornar o alvo das fabricantes. No entanto, um grupo de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, revelou que essa novidade pode não ser tão segura quanto parece.

Os estudiosos desenvolveram uma maneira de burlar o sistema de reconhecimento facial utilizando fotos do Facebook e de outras redes sociais. O estudo foi apresentado há algumas semanas durante uma conferência de segurança da Usenix, empresa especializada em segurança e TI. Durante a apresentação, os pesquisadores utilizaram a realidade virtual para mostrar em um dispositivo móvel um modelo em 3D de um rosto com o movimento e a profundidade que são compatíveis com os sistemas de reconhecimento facial utilizados no mercado. Entre os cinco modelos testados, quatro conseguiram burlar o sistema de segurança.

Na demonstração, os pesquisadores reuniram 20 voluntários e buscaram suas fotos em serviços de busca na internet e nas redes sociais, como Facebook, LinkedIn e Google+. Ao conseguir entre 3 e 27 fotos de cada uma das pessoas, os especialistas utilizaram um programa que eles mesmo desenvolveram para identificar os pontos de referência facial de cada indivíduo, que depois foram utilizados para criar modelos em 3D. Os modelos foram utilizados para tentar burlar cinco tecnologias de reconhecimento facial disponíveis em alguns modelos de smartphones e softwares disponíveis na Play Store e na App Store. As tecnologias eram da KeyLemon, Mobius, TrueKey, BioID e 1D.

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Os resultados revelaram que ainda há um longo caminho para que a tecnologia de reconhecimento facial se torne suficientemente segura para os usuários. Os modelos criados pelos pesquisadores da UCN conseguiram uma taxa de sucesso entre 55% e 85%. Os especialistas afirmaram, porém, que é possível se defender desse tipo de ataque, mas que é necessário que os sistemas atuais de segurança biométrica evoluam e incorporem novos sensores.

Além de demonstrar a capacidade de a tecnologia biométrica poder ser burlada, os pesquisadores destacaram como as fotos que publicamos na internet podem ser uma grande ameaça a nossa privacidade e a nossa segurança, funcionando não somente para o desbloqueio de contas e dispositivos, mas também para crimes de falsificação ideológica e roubos de identidade.

Fonte: Wired