Empresas que usam e-mails da Microsoft são alvos de mais ataques
Por Felipe Demartini | Editado por Jones Oliveira | 11 de Maio de 2021 às 12h31
Empresas que usam os sistemas de e-mail e outras ferramentas corporativas fornecidas pela Microsoft são mais suscetíveis a ataques digitais, apontou uma pesquisa realizada pela Egress. De acordo com os especialistas em segurança, 85% das corporações que utilizam tais plataformas já foram vítimas do vazamento de credenciais ou contatos, enquanto o número de tentativas de golpes também aumenta para os clientes de tais tecnologias, ampliando o índice de risco.
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Os números compilados pela empresa especializada em segurança corporativa chamam a atenção. De acordo com a pesquisa, mais de 67% das companhias consultadas afirmaram que o índice de ataques digitais sofridos aumentou na transição para o home office, contra 32% das organizações que adotaram outras soluções. O alvo, na maior parte das vezes, são os funcionários, que permanecem na mira de tentativas de phishing ou podem servir como vetores de contaminação das redes.
Segundo o estudo, 26% dos administradores de TI entrevistados apontaram que os vazamentos de dados registrados em suas companhias foram motivados por funcionários caindo em golpes, contra 14% nos clientes de outras soluções. Além disso, um dado específico mostra o tamanho do perigo, com 15% das companhias afirmando terem sido vítimas de pelo menos 500 vazamentos de dados ao longo de 2020.
Aumentam, também, os impactos negativos para os usuários de plataformas de e-mail e comunicação corporativa da Microsoft, com 93% dos negócios afirmando terem sofrido impactos negativos após vazamentos de informações ou tentativas de golpes. Na concorrência, o total também é alto, 84%, enquanto no caso das operações em si, apenas 4% dos clientes de outras soluções afirmaram terem sofrido mais de 500 ataques ao longo do ano passado.
Com tudo isso, a pesquisa também registrou pouca perspectiva de que as coisas vão mudar, com a permanência dos regimes híbridos e de home office sendo usada como argumento para que 76% dos usuários de soluções corporativas da Microsoft acreditem que deve ficar cada vez mais difícil se prevenir no futuro. Entre os clientes de outras empresas, esse número é de 40% — no total, foram entrevistados 500 administradores de TI e 3 mil trabalhadores em regime remoto em países como Reino Unido e Estados Unidos.
Para os especialistas da Egress, grandes vazamentos de dados e brechas de segurança, como a descoberta das aberturas no sistema de e-mails Exchange no início deste ano, contribuem para que mais tentativas de ataque sejam realizadas contra clientes da Microsoft. Ao mesmo tempo, a pesquisa também aponta a adoção fenomenal de produtos como Teams, Outlook e Office 365 durante a pandemia, o que fez com que tais plataformas também se tornassem um alvo preferencial dos bandidos.
Mesmo com essa sendo uma realidade, com direito a administradores de TI conformados e usuários conhecendo os riscos, ela não deve ser ignorada. No levantamento da Egress, os números relacionados à Microsoft combinam com as preocupações com relação a vazamentos e ataques por e-mail, que estão entre os maiores temores do mercado corporativo, que deve tomar passos para proteger os sistemas e orientar os funcionários para que não caiam em golpes ou abram as portas da rede para terceiros maliciosos.
Entre as soluções indicadas pelos especialistas estão sistemas inteligentes de prevenção de ameaças e acompanhamento do uso da rede, de forma que o comportamento individual dos usuários seja monitorado em busca de problemas. Além disso, outro ponto é o uso de dados em si, que precisa ser acompanhado para que informações confidenciais não sejam compartilhadas fora das corporações ou de forma a caírem em mãos maliciosas.
Fonte: TechRadar