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Como saber se seu iPhone foi hackeado | Jailbreak

Por| Editado por Claudio Yuge | 29 de Abril de 2022 às 18h20

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Unsplash/William Hook
Unsplash/William Hook

O iPhone tem um sistema operacional, o iOS, que é altamente controlado pela Apple, o que dificulta, mas não impede totalmente ataques cibercriminosos. Entre a restrição de baixar aplicativos somente das lojas oficiais e certas configurações impossíveis para os usuários, porém, está o processo de jailbreak, que apesar de desbloquear recursos e o hardware do dispositivo para usos adicionais, também pode abrir portas para explorações maliciosas.

O processo não é difícil de ser feito, mas é mais recomendado para usuários avançados, já que envolve a manipulação do sistema operacional e dos elementos de hardware do aparelho, bem como mais atenção ao uso já que as proteções usuais de segurança podem se tornar indisponíveis. Felizmente, é um processo reversível a qualquer momento, de acordo com a vontade do usuário.

As ameaças, mesmo em um aparelho bloqueado, seguem presentes. Ainda que a Apple prometa um controle maior de segurança, apps maliciosos eventualmente podem acabar ir parando na App Store, a loja oficial do iOS, contaminando os dispositivos com malware. A taxa de contaminação é bem menor que a do Android, por exemplo, mas não é como se os usuários estivessem livres de ameaças. Novamente, prestar atenção e tomar medidas protetivas é um bom caminho para evitar problemas.

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Como saber se seu iPhone foi hackeado

Aplicativos espiões, vírus que roubam credenciais e dados, assinaturas fraudulentas ou softwares falsos de redes sociais e serviços online estão entre as possibilidades de exploração maliciosa do iOS. O crivo da Apple em sua loja oficial ajuda a separar os softwares legítimos dos falsos e a empresa costuma ser rápida ao receber denúncias, tirando o perigo do ar.

Ainda assim, quem instalou um app desse tipo antes disso pode acabar tendo o celular comprometido, mesmo que em partes. Comportamentos estranhos, entretanto, são o caminho para descobrir que algo fora do usual está acontecendo com o seu iPhone, indicando um possível ataque ou invasão do dispositivo.

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Preste atenção para um consumo acima do normal da bateria e dos recursos de rede, seja no Wi-Fi ou usando a internet móvel. Tais indícios podem ser sinais de que tarefas em segundo plano ou a transmissão de dados podem estar sendo realizadas; felizmente, o próprio iOS indica, em suas estatísticas de utilização, quais são os apps responsáveis pelo uso destes recursos, facilitando a identificação de algo estranho.

Para visualizar estes relatórios, acesse o menu de Ajustes do iPhone. Na opção Celular, você tem acesso ao consumo de todos os apps instalados no celular em ordem crescente de uso de banda, podendo também desativar eventuais fominhas de dados. Já o consumo energético está disponível na opção Bateria, também do mais faminto para o menos, juntamente com informações sobre a atividade do hardware ao longo do dia, outro indicativo de atividades em segundo plano.

Outro tipo comum de exploração do iPhone acontece no aplicativo de calendário, com sites maliciosos capazes de inserir compromissos e alertas na agenda do usuário. Tais entradas geram notificações e podem se confundir com avisos legítimos, levando o dono do smartphone a mais sites fraudulentos, ainda que o aparelho, em si, não esteja comprometido.

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Para limpar os compromissos, basta acessar a opção Calendários, na parte inferior do app, e apagar eventuais agendas maliciosas ou que não tenham sido criadas pelo próprio usuário. Assim, todas as entradas serão excluídas de uma só vez e os avisos não mais serão exibidos.

Por fim, caso tenha um iPhone que passou pelo processo de desbloqueio, vale a pena prestar atenção em aplicativos que não tenham sido instalados por conta própria. O mesmo também vale para smartphones que possuem apps corporativos ou voltados para desenvolvedores, que podem permitir a instalação de soluções de fora da App Store em casos específicos e abrir portas para explorações maliciosas. Caso note algo fora de lugar, apague a aplicação e fique atento aos seus dados.

Como saber se o iPhone passou por jailbreak?

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A Apple trava uma batalha constante contra os iPhones desbloqueados, normalmente revertendo o processo a cada atualização do iOS apenas para ver novas versões do jailbreak surgindo pouco depois. A prática libera todo o poder do hardware e do software dos smartphones, acabando com as limitações impostas pela fabricante, mas também pode permitir comprometimentos, já que medidas de segurança também deixam de existir.

Ao baixar um aplicativo de fora da loja oficial, por exemplo, o usuário pode se sujeitar a riscos de segurança. Enquanto isso, vulnerabilidades de software também podem existir em sistemas de jailbreak, permitindo que atacantes as aproveitem para se infiltrar nos celulares para roubar dados ou realizar atividades maliciosas.

O principal sinal de que o iPhone passou pelo jailbreak é a presença de apps como Cydia ou Sileo. Ambos são como lojas de aplicativos para dispositivos desbloqueados, permitindo a instalação de softwares feitos por terceiros, não aprovados pela Apple, que aproveitam recursos ou oferecem recursos que não existem oficialmente — emuladores de jogos, apps de streaming de filmes ou gerenciadores de memória são alguns, entre tantos, exemplos.

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Da mesma forma, fique de olho em softwares e aplicações suspeitas, que não tenham sido instaladas por você no celular. Versões falsas de aplicativos consagrados ou apps que não se comportam como deveriam podem esconder explorações maliciosas, que se aproveitam da baixa da guarda no celular desbloqueado para agir. Caso identifique um caso assim, realize a desinstalação e fique atento ao mau uso de seus dados ou logins não autorizados a serviços online.

A ausência dos ícones, entretanto, não é o único indicativo sobre o desbloqueio ou não, principalmente quando ele é feito contra a vontade do usuário. Entre os recursos destravados está a possibilidade de esconder ícones, por isso, vale a pena também prestar atenção ao consumo de rede e bateria, que pode indicar um uso em segundo plano dos recursos sem que os apps estejam à luz do dia.

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Outra boa maneira de localizar possíveis explorações, desbloqueios ou comprometimentos no iPhone é baixando o aplicativo iVerify. Disponível na App Store por R$ 16,90, o software faz um diagnóstico de diferentes recursos do iOS, indicando eventuais problemas no sistema operacional e aparatos de segurança como o FaceID e TouchID, além de sinalizar o jailbreak e outras alterações.

Por fim, caso descubra que o seu iPhone está desbloqueado contra sua vontade, é possível reverter o processo. Enquanto o ideal é resetar o aparelho as configurações de fábrica, deletando todos os apps e limpando as informações na memória, também dá para fazer isso atualizando o iOS para a mais recente versão, que deve bloquear o jailbreak.