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Cibercriminosos estão evitando Bitcoin como pagamento em resgates de ransomware

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Abril de 2022 às 17h20

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 leungchopan/envato
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Ataques ransomware que exigem criptomoedas como pagamentos são comuns, mas um levantamento realizado pela blockchain CipherTrace, da Mastercard, revelou que os criminosos estão favorecendo alguns ativos digitais específicos — e o Bitcoin, o mais popular deles, não está no meio.

Segundo a pesquisa, foram detectados inúmeras situações em que o pagamento de um resgate de ransomware, quando realizado com Bitcoin, tem uma taxa em cima do valor cobrado — o que pode ser um indicativo do risco que criminosos enxergam no popular ativo, que atualmente conta com inúmeros recursos que a tornam mais rastreável que outras moedas digitais.

O levantamento ainda mostra que a taxa cobrada em pagamentos com Bitcoin pode variar entre um acréscimo de 10% a 25% no valor final — citando como exemplo o grupo DarkSide, responsável por ataques de sequestro virtual infames como o da Colonial Pipeline em 2021, cobrando 20% a mais nesse tipo de transação.

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A pesquisa, por fim, indica que no lugar do Bitcoin, os grupos de ransomware estão preferindo receber pagamentos em Monero (XMR), moeda digital que, segundo a CipherTrace, oferece maior sigilo e anonimato nas transações — o que os controladores de sequestros virtuais procuram para manter suas operações.

Bitcoin cresce como alternativa financeira viável fora do setor de crimes virtuais

A queda do Bitcoin como pagamento de ransomware vai na direção contrária da movimentação atual da criptomoeda, que cada vez mais vem sendo vista como uma opção viável para o futuro de finanças.

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No Brasil, por exemplo, além das corretoras de criptomoeda, o ativo está chegando, através de ETF (fundos de investimentos), em operações de bancos como Itaú e Banco do Brasil — e também sendo disponibilizada para compra e venda na carteira digital do Mercado Livre.

No mundo, o Bitcoin também passa por um momento de alta de popularidade, com cada vez mais governos avaliando projetos que utilizem o ativo (e demais criptomoedas) como uma forma viável de finanças — movimento que levou em março ao presidente dos EUA, Joe Biden, autorizar a revisão do regulamento do setor de ativos digitais do país.

Fonte: CipherTrace