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CIA forjou certificados digitais da Kaspersky para não ser identificada

Por| 14 de Novembro de 2017 às 13h12

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CIA forjou certificados digitais da Kaspersky para não ser identificada
CIA forjou certificados digitais da Kaspersky para não ser identificada
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De acordo com informações divulgadas pelo WikiLeaks na última semana, a CIA forjou certificados digitais da Kaspersky Lab para separar com maior facilidade os dados confidenciais de alvos de hackers. Os certificados foram falsificados com a finalidade de autenticar softwares maliciosos desenvolvidos pela própria agência de inteligência norte-americana.

A prática foi constatada pelo Wikileaks a partir da análise de códigos fonte da agência. O site mostrou três exemplos de certificados falsos foram criados para a Kaspersky Laboratory e fingindo ser assinado pela Thawte Premium Server. Desse modo, caso a organização-alvo analise o tráfego de rede, é provável que os dados da CIA não sejam identificados e que a responsabilidade pelo roubo de informações fosse de empresa especializada em segurança.

O CEO da Kaspersky, Eugene Kaspersky, procurou tranquilizar seus clientes afirmando que a empresa não sofreu nenhuma violação de segurança que possa ser nociva para usuários e/ou parceiros. "Nós investigamos o relatório e confirmamos que os certificados em nosso nome são falsos. Nossos clientes, chaves e serviços privados estão seguros e não foram afetados".

Especialistas independentes, como a pesquisadora Martijn Grooten, acreditam que a CIA escolheu a empresa russa de segurança digital por ser amplamente conhecida. "A CIA precisava de um certificado de cliente para autenticar suas comunicações e usava a Kaspersky, provavelmente, apenas porque eles precisavam de um nome amplamente usado", explicou Grooten.

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Através deste modelo, a CIA conseguiu realizar diversos ataques sem ser identificada, aproveitando-se de variados artifícios, como o uso de sites de conteúdo aparentemente inofensivo, para rastrear informações nos computadores de vítimas e enviar dados para a agência. Apesar de não precisar autenticar o conteúdo dos sites através de sistemas de segurança, os arquivos de espionagem precisavam permanecer seguros, o que levou a agência a optar por fingir ser outras empresas, como a Kaspersky.

As revelações sobre o abuso de certificados digitais realizado pela CIA saíram da nova série de vazamentos do Wikileaks, o Vault 8. Entre as revelações estão as ferramentas que a agência utiliza para realizar suas tarefas, como o malware Hive. Vale lembrar que da última vez que ferramentas como essa foram reveladas, hackers se aproveitaram da tecnologia para criar ataques como o Ptya e o WannaCry, dois dos ransonware mais nocivos e que afetaram centenas de milhares de computadores ao redor do mundo.

Fonte: The Register