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Brasil foi o segundo país mais atingido por ransomware em 2022

Por| Editado por Wallace Moté | 02 de Maio de 2023 às 16h07

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WaveGenerics/Pixabay
WaveGenerics/Pixabay

Se há tempos os especialistas em segurança citam o Brasil como o novo grande alvo de ransomware, essa tendência agora se comprova em números. No ano passado, 29,9% de todos os ataques desse tipo registrados no mundo aconteceram contra empresas e usuários daqui, o que nos coloca no segundo lugar do ranking global e como o mais ameaçado da América Latina.

Os dados são da empresa de cibersegurança Trend Micro e trazem o Brasil à frente até mesmo de alvos usuais, como os Estados Unidos, que apareceram na terceira colocação com 24% dos ataques registrados em todo o mundo. Na liderança do ranking está a Índia, com 33,4% de todos os incidentes registrados ao longo de 2022. Turquia (13,6%) e França (10%) completam o ranking dos cinco mais atingidos.

Ao longo de 2022, os sistemas da empresa de segurança registraram 15,7 milhões de ataques de ransomware, enquanto o volume geral de ameaças cibernéticas atingiu seu maior patamar desde 2016, com 146 bilhões de incidentes. É uma tendência de alta que já está se refletindo em 2023, com amplo crescimento no volume mensal de ocorrências; fevereiro, por exemplo, foi o primeiro mês em que esse total ultrapassou a marca dos seis dígitos, com 1,4 milhão de golpes registrados ao longo de seus 28 dias.

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No segundo mês de 2023, os setores atingidos foram mantidos, ainda que existam mudanças de posição no ranking dos mais visados. O segmento bancário aparece como o mais atingido, seguido do varejo e das agências governamentais. Enquanto a saúde, sempre presente, não está mais no top 5, o ramo da tecnologia faz a sua estreia, à frente das companhias de telecomunicações.

Crescem os ataques, caem os valores

As empresas seguem como o principal alvo de uma indústria de ransomware que busca ganhos financeiros cada vez maiores, mas vê esses valores minguando. Outra conclusão, apresentada pelos especialistas em cibersegurança da Coveware, indica que o volume de golpes mensais pode ter aumentado como forma de compensar uma diminuição nos valores pagos.

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De acordo com os dados apresentados, o valor médio pago pelas empresas após sofrerem um ataque de ransomware teve queda de 20% no último trimestre de 2022. Hoje, esse total é de US$ 327,8 mil, ou aproximadamente R$ 1,6 milhão; a mediana, ou seja, o valor intermediário entre o mais alto e o mais baixo, ficou ainda mais abaixo, na casa dos US$ 158 mil, cerca de R$ 796 mil e com baixa de 15%.

Aumentou, também, o caráter das empresas atingidas, com os bandidos preferindo cada vez mais atacar organizações de médio porte para cima — 19% dos incidentes foram registrados em organizações que têm entre 1.000 e 10.000 funcionários, no terceiro maior volume. Além disso, o relatório da Coveware cita um número cada vez mais alto de golpes contra companhias de capital aberto, com os bandidos na esperança de cobrar valores de resgate mais altos e efetivamente os receberem por conta da interrupção nos negócios e impactos comerciais de um travamento nas operações.

Fonte: Com informações da Coveware