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Brasil é o país mais afetado por trojans bancários, diz ESET

Por| 02 de Maio de 2019 às 09h57

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Brasil é o país mais afetado por trojans bancários, diz ESET
Brasil é o país mais afetado por trojans bancários, diz ESET

Os brasileiros se tornaram os principais alvos dos trojans bancários, com direito a campanhas direcionadas para o nosso país e grandes prejuízos financeiros. Os dados são da ESET, uma das principais empresas de análise proativa de ameaças virtuais, que coloca o Brasil como alvo preferencial de criminosos dessa categoria, que usam e-mails fraudulentos e aplicativos maliciosos como armas.

A constatação vem das análises de números relacionados ao Banload, uma espécie de agregador de ameaças desse tipo em atuação neste começo de ano. De acordo com a ESET, foram 58,3 mil casos de brasileiros infectados pelo malware somente entre os meses de janeiro e abril de 2019. Nosso país assumiu com folga a primeira posição, ficando à frente do Chile (5,2 mil) e Espanha (2,1 mil).

Ajuda, por exemplo, o fato de muitas das campanhas falarem a nossa língua e tentarem se passar por instituições financeiras reconhecidas. Por meio de e-mails fraudulentos, criminosos tentaram se passar pelo Banco Inter, oferecendo cartões de bandeira MasterCard e programas de vantagens, enquanto aplicativos prometiam horóscopo, melhoria no desempenho do celular, limpeza de arquivos desnecessários ou sistemas de gerenciamento de bateria.

Situações sazonais, como o vazamento do primeiro episódio da atual temporada de Game of Thrones, ou a possibilidade de baixar uma cópia do Windows 10 sem a necessidade de ativação também eram usados para esse fim. Por trás, entretanto, estavam softwares maliciosos e links que levavam o usuário a baixar executáveis comprometidos ou entregar informações financeiras, com os números mostrando que muita gente ainda cai em táticas desse tipo.

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Entre as diversas ferramentas disponibilizadas pelo Banload, a mais efetiva foi a ClientMaximus, que se instala no computador durante a extração de arquivos compactados e se camufla como uma DLL usada por programas legítimos. Sempre que a vítima acessa um site bancário, os criminosos têm acesso aos dados e também podem manipular a conexão, a levando a realizar operações ou entregar informações em um ambiente controlado por eles.

O ClientMaximus foi responsável por 45% das infecções registradas no período, com o Casbaneiro ficando com a segunda colocação e 27% das vítimas. Também conhecido como Metamorfo, ele tem funcionamento semelhante e também utiliza o e-mail como principal meio de proliferação, passando-se por setores de cobrança de operadoras de telefonia e televisão por assinatura, com o envio de supostas faturas e boletos para pagamento.

A principal medida para se proteger é evitar abrir ou executar arquivos que cheguem por correio eletrônico, deixando, também, de clicar em links que cheguem por esse meio, mensageiros instantâneos ou mensagens de texto. Caso desconfie que a comunicação seja real, entre em contato com a empresa pelo telefone antes de acessar sites ou clicar em links.

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Além disso, é importante sempre manter soluções de segurança, como antivírus e firewalls, ativos e atualizados no computador ou celular, além de desconfiar de ofertas mirabolantes demais. Evite o uso de software pirata ou programas que prometam a ativação gratuita de soluções pagas e, em hipótese alguma, insira dados pessoais ou bancários em sites que não sejam confiáveis.

Fonte: ESET