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Bandidos se passam pela dona do Facebook para aplicar golpes com anúncios

Por  • Editado por  Wallace Moté  | 

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Reprodução: Facebook
Reprodução: Facebook

Uma campanha maliciosa em andamento no Facebook conta com bandidos se passando pela Meta, dona da rede social, do Instagram e do WhatsApp, para promover ferramentas fraudulentas. A partir de contas verificadas roubadas, eles promovem ferramentas mal-intencionadas usando o sistema de anúncios, com as publicações simulando alertas de segurança para chamar a atenção das vítimas.

É um esquema intrincado, que encontra brechas, inclusive, no próprio sistema de checagem da plataforma. Afinal de contas, estamos falando de propagandas adquiridas e que passam por verificação, ainda que automática, para serem veiculadas. As páginas furtadas são desfiguradas para assumirem a aparência similar às da própria Meta, com o intuito de roubar credenciais que deem acesso a mais perfis, bem como dados pessoais ou financeiros.

As publicações foram compartilhadas no Twitter pelo consultor em redes sociais Matt Navarra e têm toda a aparência de legítimas, não fossem os próprios links, que levam os usuários a sites fraudulentos. Na maioria dos casos, os falsos alertas indicam problemas de segurança que impediriam o gerenciamento direto de páginas no Facebook, com a indicação de download de uma solução externa para acesso à plataforma de anúncios. Ainda que o link seja fraudulento, ele é repassado como se o software fosse oficial.

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Imagens oficiais, usadas pelo Facebook para divulgação, e até fotos do CEO Mark Zuckerberg aparecem para dar maior aparência de legitimidade à fraude. Em outro caso flagrado por Navarra, uma plataforma maliciosa é divulgada em nome do Google, com menções ao trabalho da empresa com inteligência artificial e algoritmos focados em campanhas de marketing para e-commerce.

Em todos os casos citados pelo consultor, se tratam de páginas populares, que foram comprometidas e tiveram nomes e imagens alteradas, assim como publicações deletadas, para se parecerem com espaços reais. Os bandidos se aproveitam do alto número de seguidores e da presença de um selo de verificação para dar maior aparência de legitimidade ao golpe, com as propagandas ampliando o alcance ainda mais.

Após a denúncia feita publicamente por Navarro, todas as páginas indicadas foram suspensas. Em nota, a Meta disse estar investindo recursos significativos na prevenção de golpes e prevenção de seus usuários. Enquanto aponta que tais esforços podem ser invisíveis, ela também indica que os criminosos tentam constantemente ultrapassá-los.

A atenção no uso da rede social é a melhor arma para proteção. Fique atento a links divulgados no Facebook, Instagram e outros meios, analisando a veracidade de mensagens e alertas antes de clicar. Evite baixar soluções desconhecidas ou aplicativos que não sejam de desenvolvedores reconhecidos, além de observar sempre o endereço dos sites acessados para garantir que o domínio é legítimo. Caso encontre qualquer sinal de problema, não faça downloads, entregue dados, realize cadastros ou pagamentos.